São Paulo: São Sebastião, em 20 de fevereiro. Imagem Estadão
Aurélio Decker e eu pedimos permissão para ir direto ao ponto: está foto enorme que está aí como principal nesta crônica mostra a tragédia de São Paulo. Mas existem dezenas de outras fotos, de outras cidades paulistas, ou do Rio de Janeiro, ou da Bahia, que demonstram a incapacidade que o Brasil está tendo de evitar que milhares de pessoas morram por causa de soterramentos.
A nossa dupla de reportagem já foi 3 vezes até o local onde está acontecendo a invasão do Morro que fica no lado esquerdo da ERS-239, em Novo Hamburgo. E bem na frente da nossa Feevale que tal cena é vista toda hora. A altura do morro nós sabemos por si só – é enorme – e esse declive, quando a favela tiver centenas de casebres, que só a engenharia da miséria consegue manter de pé, é fácil imaginar, em uma tempestade ou chuva muito forte, tudo vai descer, a mil, por força de uma lei que não muda nunca: a da Gravidade. Por isso, estamos aqui de novo, ou tentando alertar, que o surgimento desta favela trará prejuízos para quem nela residir e para a cidade como um todo, que não tem saudades nenhuma da favela “Nidilândia”, na margem da mesma rodovia. E todas as pessoas desta “land” foram removidas para locais seguros
Em 2011, em local próximo, já no Kephas, 3 crianças morreram soterradas devido às fortes chuvas. E não havia favela.
Dizem, que, em SP, existiam estudos que há 5 anos apontavam para aquela tragédia. Nós, aqui, estamos apontando, e antes que uma tragédia aconteça.