Empresa de calçados do bairro Canudos alega que não tem recursos para pagar direitos neste momento, mas promete que nenhum dos 140 funcionários ficará sem receber.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Os 140 trabalhadores da fábrica de calçados consumida pelo fogo em Novo Hamburgo, na segunda-feira, dia 07, terão que acionar a justiça para receber todos os seus direitos.
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Nenhum funcionário deixará de ser pago, garante a advogada Carine Lenz, que representa a Dellay, mas a empresa alega não ter os recursos neste momento. “As negociações serão feitas via acordo judicial”, explica, em entrevista ao Portal novohamburgo.org.
Logo após o incêndio, os proprietários já haviam anunciado a demissão do grupo, mas a informação só foi confirmada nesta quarta-feira, 09, em reunião entre as partes. Segundo a presidente do Sindicato dos Sapateiros, Neiva Barbosa, o departamento jurídico da entidade tentará agora uma antecipação das audiências para que os funcionários sejam pagos até o fim do ano.
A direção do sindicato esteve com representantes da Caixa Econômica Federal e da agência do Sine para agilizar a liberação do Fundo de Garantia e do Seguro Desemprego dos demitidos, o que deve ocorrer na semana que vem. “Os trabalhadores não gostaram da notícia, acharam que receberiam logo todos os direitos. Estamos articulando uma solução no mais breve possível”, afirma a sindicalista.
A advogada da empresa não quis confirmar detalhes sobre o seguro do patrimônio. Diz não ter tido acesso aos documentos. “Ainda estamos avaliando as perdas, foi tudo consumido”, revela Carine Lenz. A estimativa inicial é de que os prejuízos ultrapassem R$ 1 milhão.
A 3ª Delegacia de Polícia de Novo Hamburgo aguarda laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP) para apontar as possíveis causas do incêndio. Essa é a quarta ocorrência desse tipo em indústrias do Vale do Sinos em menos de 20 dias.
FOTO: Bruno Alencastro / Correio do Povo