A primeira morte por leptospirose em Novo Hamburgo foi confirmada pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) da Secretaria de Estado de Saúde (SES). Com isso, aumentou para 13 o número de óbitos provocadas pela doença no Rio Grande do Sul em razão da enchente. Os números foram confirmados nesta terça-feira (4).
Do total de 3.658 casos notificados no Estado, 242 casos da doença foram confirmados. Há ainda outros sete óbitos em investigação e cinco casos que estavam sendo investigados foram descartados.
Além de Novo Hamburgo, a leptospirose já provocou mortes em Venâncio Aires, Três Coroas, Travesseiro, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Encantado, Canoas, Cachoeirinha, Alvorada e Viamão, com um óbito cada, além de dois óbitos em Porto Alegre.
A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais, principalmente ratos, infectados pela bactéria leptospira. Sua penetração ocorre a partir da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou por meio de mucosas. O período de incubação pode variar de um a 30 dias e normalmente ocorre entre sete a 14 dias após ter entrado em contato com as águas de enchente ou esgoto.
Os principais sintomas são: febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (em especial, na batata da perna) e calafrios. A doença apresenta elevada incidência em determinadas áreas além do risco de letalidade, que pode chegar a 40% nos casos mais graves.
Considerando o atual cenário de extensos períodos de chuvas e cheias, suspeitos oriundos de área de alagamento e com sintomas compatíveis com leptospirose devem iniciar tratamento medicamentoso imediato.
*Com informações da Agência Brasil.