Até onde minha memória ainda alcança, o teatro que Novo Hamburgo produziu ao longo dos anos começou lá pelos anos 1960 pelas mãos de Ari Georg que, de forma solitária, se arriscou a levar à cena histórias da vida. Não encontrei registros da época, mas foi lá que começou.
Depois vieram outros, sem muito destaque, até surgir por aqui o ator Lourival Pereira, já conhecido do público pela sua atuação em novelas, ao vivo, da TV Piratini, de Porto Alegre. Abrigado pela Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), em parceria com a Sociedade Aliança, criou o Teatro Experimental Aliança, que levou à cena sucessos como “Amanhã é dia de pecar”, “Adivinhe quem vem para matar” e “Os inimigos não mandam flores”, dentre outros sucessos. Isto lá pela década de 1970. E pipocavam pequenos grupos em algumas escolas, como o grupo da Escola Estadual 25 de Julho, sob o comando do professor Glênio Sarmento, e o grupo dá também escola estadual Leopoldo Petry, do bairro Santo Afonso. São os que lembro.
Na sequência, um grupo de estudantes, liderados pelo Grêmio Estudantil Ruy Barbosa, do Colégio Pio XII, resolve investir no teatro hamburguense e cria o primeiro Festival de Teatro da cidade, chamado Festival Estudantil de Teatro Amador (Fetam), que foi realizado no auditório da escola. Cinco grupos apareceram para a mostra competitiva e quem se sagrou campeão foi o grupo Leopoldo Petry, com a peça “O Viaduto”, de Enio Stabel.
Mas aquele grupo de jovens do Pio XII queria mais e foi buscar a direção da União dos Estudantes de Novo Hamburgo (UENH). Conquistaram. E foi a partir daí, no ano de 1974, que surge o primeiro Festival Estudantil Estadual de Teatro do RS, em Novo Hamburgo.
Um pouco sobre a criação do Centro Municipal de Cultura Dr.Parahim Pinheiro Machado Lustosa e o Teatro Municipal Paschoal Carlos Magno
Por volta de 1974, o movimento estudantil liderado por Dejair Krumenan (então Presidente da União Municipal de Estudantes) fez uma intensa caminhada junto à Câmara Municipal de Vereadores para tentar aprovar projeto de doação do terreno para a construção do prédio. (E lotaram a CÂMARA, que queria o terreno para construir o prédio para a própria e outros ainda consideram inadmissível uma construção tão onerosa para abrigar ARTE) a então Presidente da Câmara, vereadora Marlene Planng retirou o projeto da pauta de votação na tentativa de desarticulação dos estudantes e o mesmo foi reapresentado trinta dias após sob pressão e a votação foi favorável à construção do CMC.
Um ano após o então Prefeito Eugenio Nelson Ritzel disse que iria construir o Centro de Cultura. Havia uma questão política entre o Prefeito Eugênio Nelson Ritzel entre o então Diretor de Cultura da SEMEC, Dejair Krumenan. Naquele ano, 1980, aconteceu a abertura política no País e a criação dos novos partidos políticos. O prefeito Ritzel que era do MDB resolveu filiar-se ao PMDB e obrigou todos os CCs da Prefeitura a seguirem com ele, assinando no PMDB. Dejair Krumenan não quis assinar ficha no partido do prefeito e foi exonerado. Sua saída repercutiu negativamente para o prefeito Ritzel, que, por isso acabou como desafeto de Dejair, o perseguindo politicamente tendo, inclusive solicitado que o mesmo fosse demitido do Jornal NH, para onde Dejair foi após ter sido exonerado do Cargo de Diretor de Cultura.
A classe teatro, com medo das reações de Ritzel, resolve se organizar e cria a AHTADAC, uma associação dos artistas, técnicos e produtores teatrais da cidade. Dejair integrava esta associação visto ser o diretor de dois grupos, o Magnus Teatro e o Gutesa, responsável pela montagem de OS SALTIMBANCOS. O CMC foi construído e quando ia ser inaugurado, Ritzel ainda inconformado com a repercussão negativa que a saída de Dejair da SEMEC havia lhe causado, proibiu que a montagem infantil de Os Saltimbancos, dirigida por Dejair, fizesse parte da programação de inauguração do teatro. A classe teatral, organizada e liderada pela AHTADAC resolveu retirar da programação, todos os espetáculos locais, em solidariedade a Dejair. Ritzel mandou que a SEMEC contratasse espetáculos de POA para inaugurar o teatro, mas não abria mão da decisão de permitir que o grupo de Dejair, composto por crianças de 5 a 12 anos, se apresentassem. Mais uma vez o tiro saiu pela culatra. A repercussão foi mais uma vez negativa para Ritzel, aumentando ainda mais sua animosidade com o líder do movimento teatral, Dejair que passara a representar NH como membro titular no Conselho Estadual de Cultura, onde Dejair já havia relatado o episódio que, aquela altura já tinha chamado à atenção da mídia estadual. O Conselho Estadual de Cultura deliberou, caso a PM de NH viesse a contratar espetáculos de POA, que ninguém aceitaria em solidariedade ao movimento de NH. Ritzel pediu, então, que o Sec. de Educação Ernest Sarlet, mediasse um acordo com a classe teatral, mas que mantivesse a proibição do Grupo de Dejair participar. Não houve acordo, a classe se uniu e Ritzel teve que aceitar a participação do Grupo Gutesa que tinha uma apresentação programada e precisou fazer duas, na mesma tarde, tamanho o público que aguardava na rua, pois não havia mais lugar para assistir Os Saltimbancos. Foi um dos momentos marcantes da união da classe teatral, derrubando a teimosia do e a perseguição política do então prefeito Ritzel.
NOME DO TEATRO, PASCHOAL CARLOS MAGNO– Diretor da ALDEIA DO ARCOZELO no Rio de Janeiro-Centro de Estudos de Teatro destinados a estudantes de todo o Brasil era denominado como o Embaixador do Teatro-seu principal incentivador no Brasil. Paschoal foi convidado por Dejair para presidir o júri do I FET – Festival Estadual de Teatro, organizado pela UENH e UGES. E acabou vindo por dois anos seguidos a NH por conta. A vinda de Paschoal teve, também, o apoio do dramaturgo Ronald Radde, que reforçou junto a Paschoal o convite feito pelos estudantes. Gratos pela sua colaboração, Dejair e seus pares de diretoria da UENH tiveram a ideia de homenageá-lo dando a ele o nome do Teatro do Centro de Cultura, de Paschoal Carlos Magno. Mas uma Lei Municipal impedia que desse nome de pessoas vivas a próprios municipais. Dejair então solicitou ao vereador Renato de Oliveira que elaborasse um projeto de Lei denominando Teatro Paschoal Carlos Magno a sala de teatro do CMC, e aguardasse na Câmara como preferência. Paschoal, acometido de um câncer, segundo seus médicos não teria muito tempo de vida. Infelizmente veio a falecer logo (13 de maio de 1980 aos 74 anos) e seu nome acabou sendo perpetuado em forma de homenagem ao nosso teatro.
ANTES DO CMC
Como não havia ainda em Novo Hamburgo um teatro próprio, o palco da Sociedade Aliança de Novo Hamburgo, do Atiradores, do Pio XII e da Escola Santa Catarina abrigavam os grandes festivais de teatro, pois Novo Hamburgo já era considerada a Capital Brasileira do Teatro Estudantil, com 23 grupos atuantes. Vale aqui um parágrafo especial. Todo este movimento via já da luta de outras pessoas, como Ary Georg e Lourival Pereira. Lourival atuava através do grupo mantido pela AABB e pela Sociedade Aliança, denominado TEA – Teatro Experimental Aliança. Foi aí que começou tudo. Dejair, ao assumir a EUNH, procura Lourival e se une a este, timidamente, e acabam transformando um sonho em realidade. Tanto que Lourival acaba sendo eleito o primeiro presidente da AHTADAC quando a classe se une em torno da causa e da defesa dos interesses da arte teatral em NH. Os grupos (alguns deles) e seus líderes, daquela importante época do nosso teatro:
TEA- Teatro Experimental Aliança, diretor Lourival Pereira
Grupo Leopoldo Petry: Escola de mesmo nome da Santo Afonso (Peça destaque: O Viaduto)
Grupo Gutesa: (Os Saltimbancos)
TEATRO LUZ & CENA: Marco Antonio Gomez Pereira.
Grupo JUCA: da Igreja São Luiz (que depois virou Paranóia), sob a liderança de Luiz Fernando Rodembuch
ADEMIR FONSECA: importante diretor teatral já falecido
JAIME SILVA– (já falecido) ator que se consagrou com o monólogo AS MÃOS DE EURÍDICE
KAO SPINDLER-ator espetáculo DISQUE M PARA MATAR TEJO DAMACENO FERREIRA ARADIS GROES- MIRTES BLUM-REJANE ZILLES, RITA DE OLIVEIRA, ELISA MACHADO-VERA AMARAL, EVERTON LEONI, PINTANDO O sete- – diretor Jose Roberto Silveira conhecido por BOLOTA
GRUPO TEATRAL ARAPUCA: de Airton Santanna, (pai e filho e irmão Sérgio Sant’Anna).
GRUPO TRASTE: com Kinho Nazário e Elário Kasper e grande elenco MAGNUS TEATRO onde teve importante atuação o Diretor Ronald Radde do Teatro Novo de Porto Alegre autor dos espetáculos A FOSSA, B EM CADEIRA DE RODAS,
APAGUE A LUZ E FAZ DE CONTA QUE ESTAMOS BÊBADOS, todos encenados pelo Grupo Magnus. E tiveram outros ainda. (Se lembrar te mando) Algumas lideranças da cidade foram contrários à denominação dada ao teatro e se mobilizaram para dar então ao prédio do Centro Municipal de Cultura o nome do DR.PARAHIM PINHEIRO MACHADO LUSTOSA.
Entrevista
Dejair, nos conhecemos desde o ano de 1975, quando eu tocava guitarra no coral infantil “Canarinhos do Pio XII”, e você, como repórter do Jornal NH, –
Dejair, naquele ano de 1975 você era um líder estudantil e estava na presidência da UENH (União de Estudantes de Novo Hamburgo). Nos conte sobre o movimento estudantil na década de 70 e a tua participação neste movimento.
Minha trajetória no Movimento Estudantil de Novo Hamburgo começou no Ginásio Leopoldo Petry (Hoje Esc. Estadual Ayrton Senna), no bairro Santo Afonso, quando lá presidi o Grêmio Estudantil Leopoldo Petry. Foi lá, também, que comecei a dar os primeiros passos rumo a minha atual profissão, jornalista, quando criei, escrevi, imprimi (em mimeógrafo a álcool) e distribui, o jornal do Grêmio Estudantil, chamado A Tocha. Depois fui cursar Técnico em Contabilidade no Pio XII/São Jacó e no segundo ano deste curso, me elegi Presidente do Grêmio Estudantil Ruy Barbosa que acabou me levando a Presidir a União dos Estudantes de Novo Hamburgo, em eleição direta, no auge da Ditadura Militar que governava o País. Eu não queria ser nomeado por um Conselho. Liderei um movimento para derrubar o Conselho e alterar os Estatutos da UENH, possibilitando, com isso, que a eleição fosse direta, em cada escola com os Grêmios Estudantis, realizando as eleições para Presidente da UENH. Ganhei a eleição do então presidente, Pedro Muller, favorito dos políticos da ARENA que o queriam no cargo e cujo Conselho o reconduziria a mais um ano a frente da entidade.
Você teve participação na Primeira Mostra de Música de Novo Hamburgo, onde vários compositores e músicos da região puderam mostrar o seu trabalho ?
Diretamente não, pois eu não era mais o presidente da UENH neste ano de 1976. Mas o Festival de Música foi uma sequência de eventos culturais implantados por minha gestão em 1974. Ao participarmos de eventos regionais e estaduais, liderados pela União Gaúcha dos Estudantes, percebemos que a atração sempre eram os grandes bailes, as festas regadas a muita cerveja. Não éramos contra festas e rainhas, mas queríamos despertar nas lideranças estudantis do Estado, o gosto pela arte, o teatro, o canto coral, a dança, a música, as artes plásticas. E começamos a propor que a UGES incluísse na programação destes encontros, atividades de cunho cultural e nós, da UENH, fomos os pioneiros, levando grupos de teatro, coral, dança, aos eventos. Lembro bem do primeiro, que ocorreu em Taquara, quando levamos a peça “O Viaduto”, de Enio Stabel, montada por um grupo do Ginásio Leopoldo Petry (legado que deixei por lá, quando fui presidente do Grêmio Estudantil). O Viaduto fez muito sucesso, tendo sido levado a vários encontros estudantis. Os presidentes que me sucederam na UENH, deram continuidade a esta filosofia de atuação da UENH, voltada à cultura. E daí surgiu a Primeira Mostra de Música de Novo Hamburgo.
Sei que fostes o criador do Festival Interno de Teatro em Novo Hamburgo. Fale sobre este festival bem como toda a cena teatral hamburguense na década de 70 e início dos anos 80.
Os Festivais de Teatro vieram na onda do trabalho que fazíamos com a UGES, levando arte aos encontros estudantis. Eu já havia promovido aqui em Novo Hamburgo, no Pio XII, quando presidi o GERB, o Primeiro FETAM (Festival Estudantil de Teatro Amador) só com grupos de Novo Hamburgo. O vencedor desta primeira e única edição, em 1974, foi O Viaduto. Eleito presidente da UENH eu queria mais e criei (sugerindo à UGES), o Primeiro Festival Estudantil Estadual de Teatro, em 1975, que reuniu grupos de diversas cidades gaúchas, e foi realizado no salão da Sociedade Aliança, aqui em Novo Hamburgo. Aquele festival despertou a gurizada para o teatro e Novo Hamburgo, em 1978, chega a ter 23 grupos de teatro estudantil. E foi quando criei o FIT (Festival Interno de Teatro), para escolher as peças que nos representariam no FET, o Estadual. O FIT realizamos na Sociedade Atiradores e no auditório da Escola Santa Catarina. Foi assim que começou o movimento teatral de Festivais, em Novo Hamburgo, que até então tinha nos abnegados Lourival Pereira (AABB e Soc Aliança) e professor Glênio Sarmento (Escola 25 de Julho) os incentivadores do teatro na cidade. O movimento pujante, forte, engajado, durou até 1981, conquistando a construção do Centro Municipal de Cultura, com o Teatro Paschoal Carlos Magno, sob a liderança da UENH dos anos 70 e dos líderes do movimento Teatral da cidade.
Também em 1970 havia um movimento muito forte do canto coral em Novo Hamburgo. Como repórter e Apresentador de festivais naquela época o que você poderia também nos contar sobre os Festivais de Coros das nossa cidade?
Novo Hamburgo tinha, naquela época, um forte movimento cultural, liderado, especialmente, pelo maestro Osório Stoffel. Tinha um Festival forte e existe até hoje. Mas o canto coral é de adultos. O que busquei fomentar foi a criação de coros infantis, através das escolas particulares, como Pio XII e São Luiz. A ideia deu certo e acabamos realizando aqui o Festival Internacional de Coros Infantis, com participação do Chile, Uruguai, Argentina e Alemanha.
Entre 1977 e 1980 fostes o Diretor de Cultura da SEMEC (Secretaria Municipal de Educação e Cultura) de Novo Hamburgo. Conte sobre a sua atuação nesta época? (monumento do Sapateiro, etc).
Com minha nomeação para o cargo de Diretor de Cultura da SEMEC (não havia Secretaria de Cultura naquela época) as coisas que eu já fazia, utilizando a estrutura da UENH e dos grupos, teve mais força ainda, teve o Poder Executivo sendo promotor e realizador dos eventos que eu já fazia. E tive sorte de contar com uma Secretaria de Educação, a professora Suely Copetti e de um Prefeito, que me apoiaram, me dando ampla e total liberdade de criar e realizar. Muito se fez naqueles 4 anos. Destaco: a solidificação do Festival Estadual de Teatro e do FIT; a criação do Festival Internacional de Coros Infantis; o tombamento e a restauração da Casa que hoje abriga a Fundação Scheffel; a reforma do auditório da SEMEC II; a contratação e execução do Monumento ao Sapateiro na rótula do Pio XII; os eventos Natalinos no centro e nos bairros; e a criação (via escolas) dos 23 grupos de teatro estudantil; o apoio aos Movimentos de Artes Plásticas, como o Cavalo Azul e Casa Velha, liderados por Marciano Schmitz, Flavio Scholles, Carlos Alberto de Oliveira e Tito de Oliveira. E a busca constante de realizar eventos Culturais na periferia da cidade. Para isso usamos as escolas, as associações de bairros, igrejas e clubes. Tínhamos poucos recursos, mas tínhamos vontade de fazer e iniciativa para realizar.
Também naquela época a banda Tinta Neutra acompanhava o Teatrinho da Popi nas apresentações pelas escolas de Novo Hamburgo, fazendo o show de abertura antes da peça infantil. Nos fale a respeito desta época.
Como a periferia sempre esteve no meu foco de atuação, por entender que o artista deve estar onde o povo está, pois nem todos têm acesso aos teatros no centro da cidade, estabeleci, após ter dado certo a parceria com a Evania, um contato mais forte com o segmento infantil do Jornal NH. Evania criou um grupo de teatro, chamando crianças que desejassem atuar nesta arte. Silvana Mariane e Evania escreveram, então, a peça “UM Cirquinho na Floresta”. Nosso Departamento de Cultura da SEMEC, patrocinou a montagem, doando cenários, figurinos e transporte para o grupo. Mas tudo com apoio dos comerciantes. Lembro do senhor Antonio Cavasotto, do Julio Weissheimer, da Casa Floriano e tantos outros que não me recordo, que atenderam nosso pedido e faziam doações de tecidos, tintas, e o que mais fosse preciso para que a peça fosse montada. Em contrapartida, o grupo realizava aos sábados pela manhã, apresentações das peça, nas escolas municipais. O projeto deu certo e nos anos seguintes o convênio foi feito com outro grupo, o Gutesa, que apresentava pelos bairros, o musical Infantil, Os Saltimbancos. E a Banda Tinta Neutra era outro parceiro, importante. Sempre fazia o show de abertura, chamando o público para o teatro, tanto na rua quanto nas escolas. A Tinta Neutra tinha na sua formação os queridos amigos César Dieter, Leonal Feltes Junior e…………. –
Estamos em 2019. Como você vê o movimento teatral nos dias de hoje e o que falta para voltarmos aos gloriosos tempos dos festivais de teatros, como aqueles da década de 70?
Falta LIDERANÇA, menos COMISSÕES, menos reuniões e mais AÇÕES PRÁTICAS. Temos Secretaria de Cultura. Conselho Municipal de Cultura e uma infinidade de artistas e segmentos da cultura. Precisamos partir para a ação. Chega de Planejamento. Neste ano, especialmente, sinto que começa a andar. OS eventos estão aparecendo, pipocando aqui e acolá. Os artistas cansaram de esperar pela iniciativa do Poder Público e foram a luta. A cena cultural de Novo Hamburgo está acontecendo, apesar da apatia, da burocracia e da inoperância dos órgãos públicos.