Se você botasse a mão para fora da janela do carro em Novo Hamburgo, nos últimos dias, sofreria com um calor inacreditável. Os 40 graus que botaram ”o pé” na cidade e não quis sair nos últimos dias fez muita gente sofrer.
Mas, caro leitor, para você que tem um carro com ar-condicionado, saiba que esse “acúmulo” de ar-quente não está limitado a você que somente abre o vidro para ver se lá fora está quente: quem convive com os ônibus de Novo Hamburgo, da frota da Hamburguesa e da Futura, sabe disso.
Por não ter dinheiro em notas disponível quase nunca (me chame de tatu, sim), não consegui – ainda – dar uma boa volta de ônibus pela cidade. Mas, conversei com alguns hamburguenses em algumas paradas de ônibus e no Paradão, que me confessaram: andar de ônibus em Novo Hamburgo no verão, ainda, é pedir para sofrer.
Há anos, todos nós escutamos que a cidade deve ter ônibus com ar-condicionado. A pior vergonha do mundo é ver que, em pleno 2023, pessoas humildes e trabalhadoras, que pagam pela passagens todos os dias, não tem acesso a uma coisa tão importante e impactante nos dias de hoje.
A prefeitura de Novo Hamburgo decidiu, no ano repassado, repassar mais de 3 milhões para a Hamburguesa, reduzindo assim o valor da passagem. Mas o serviço continuou uma “maravilha”.
ESPERANÇA
Mas há uma esperança na base. Duas empresas estão interessadas na prestação do serviço do transporte coletivo municipal em Novo Hamburgo. As concorrentes são dos Estados do Paraná e de Santa Catarina. A empresa paranaense Auto Viação Antonina apresentou proposta de tarifa de ônibus de R$ 4,9107, enquanto a empresa catarinense Viação Santa Clara Ltda propôs R$ 5,0011. Os valores devem ser arredondados, respectivamente, para R$ 4,90 e R$ 5,00. As duas propostas ficaram bem abaixo do valor máximo de tarifa previsto no edital, que é de 5,78 reais. A planilha tarifária das empresas devem contemplar itens como idade média da frota, que deve estar em 8 anos, com máxima de 15 anos, a oferta de um total mínimo de 78 veículos, sendo 20 deles com ar-condicionado, além de acessibilidade em todos eles, inclusive em dez vans que vão operar como microônibus para atender áreas de baixa demanda.
Vence a concorrência quem apresentar o menor preço da tarifa, cumprindo as exigências previstas. O contrato é de dez anos, podendo ser renovado por mais dez, se forem atingidas as metas definidas no edital. A previsão é que a vencedora assuma a prestação de serviços em até seis meses após a assinatura do contrato. Entre as mudanças previstas, ainda estão a implantação de linhas troncais para ligar bairros ao Centro, integração tarifária, linhas circulares nos bairros, ônibus com acessibilidade, películas de proteção solar, câmeras de segurança, sistema de avaliação e botão de pânico.
Que essa esperança não se transforme em mais um capítulo de novela, que já tem mais de 30 anos, e um serviço PÉSSIMO aos usuários, até hoje. São várias e várias licitações que, por entraves no meio do caminho, pararam.
Que o futuro nos reserve uma palavra diferente. Esperamos todos nós.
