Para a organização palestina, esta seria uma forma de padronizar os valores palestinos na região. Regra valerá a partir dos nove anos em todas as escolas.
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A partir do próximo ano escolar, homens não vão poder lecionar para alunas na Faixa de Gaza. Além disso, meninas não vão poder estudar junto com meninos a partir dos nove anos.
As novas normas, anunciadas nesta segunda-feira, primeiro de abril, foram criadas pelo Ministério da Educação do Hamas. Elas impõe a segregação de gênero não só para as escolas muçulmanas, mas também para cristãs e aquelas administradas pelas Nações Unidas na região.
Para Hamas, essa é uma forma de padronizar os valores palestinos na região. No entanto, críticos acusam o movimento de impor sua ideologia à sociedade.
“Nós somos um povo muçulmano. Estamos fazendo o que cabe ao nosso povo e à nossa cultura” informou o consultor jurídico do Ministério da Educação Waleed Mezher.
O Hamas administra a Faixa de Gaza desde 2007. Na época, ganhou com maioria nas eleições parlamentares palestinas. A divisão política entre o grupo e o rival Fatah, que controla a Cisjordânia, paralisou o Legislativo e impediu a promulgação de novas leis nos territórios palestinos. Porém, os parlamentares do Hamas agiram sozinho para aprovar a nova lei referente a educação educação.
Escolas privadas e cristã, onde as aulas são misturadas até o ensino médio, são as que mais seriam afetadas pela decisão. As escolas administradas pelo governo já estavam em sua maioria separadas pelo sexo. O Ministério da Educação Gaza disse que as escolas particulares tinham sido convidadas para discutir a legislação antes de ser promulgada, mas teriam falhado.
Informações de portal G1
FOTO: reprodução / paldf.net