Prezados leitores, prezadas leitoras… começo a escrever essa coluna na noite de domingo, 17 de dezembro de 2023, com o relógio marcando quase 23 horas, uma semana antes da véspera de Natal. Quem me conhece já sabe e quem não conhece revelo: sou guiado pela emoção, pela paixão e costumo reforçar a expressão que, na vida, sem tesão, não há solução.
Feita essa ressalva, acrescento que a coluna de hoje terá dosagem ainda maior de emoção. Sim, isso porque acabo de assistir ao grandioso espetáculo do Desfile de Natal, do 28º Natal dos Anjos, em Dois Irmãos, o evento natalino que já deixou de ser regional, tornando-se uma atração entre as mais visitadas em nosso Estado, durante o período das festas de final de ano.
Desfilando pela Avenida São Miguel, centenas de crianças, jovens, adultos e idosos levaram aos milhares de expectadores a magia sempre viva do espirito de Natal, com mensagens de fé, além do pomposo Papai Noel e sua trupe. Eu estava de olho em todos os detalhes e, lá pelas tantas, passei a prestar atenção e repetir a música que tocava…
“Se a gente é capaz de espalhar alegria.
Se a gente é capaz de toda essa magia.
Eu tenho certeza que a gente podia,
Fazer com que fosse Natal todo o dia”.
Você conseguiu apenas ler ou cantou, no ritmo dos queridões do Roupa Nova, que cantam a música Natal Todo o Dia, de onde extrai essa estrofe? Volte algumas linhas e leia de novo, ou cante de novo… Cantou? Pensou no que cantou?
Enquanto eu pensava durante o desfile, na minha frente, duas crianças sorriam enlouquecidamente, tentando alcançar e, mais, segurar uma enorme bolha de sabão, sem sucesso, o que não impediu risadas ainda maiores.
E aí me pus a pensar: não deveria ser sobre isso que deveríamos falar? Será tão difícil fazer o Natal todo o dia? A magia das crianças, brincando e se divertindo, mesmo sem dominar as bolhas de sabão? Será verdade que essa magia que vivenciei durante o desfile possa durar apenas 45 ou 60 dias ? A fraternidade de ajudar crianças carentes se esgota em 26 de dezembro?