O instituto Climatempo divulgou nesta quinta-feira, dia 12, seu prognóstico para o verão 2024/2025, que inicia no próximo dia 21, baseado em dados da Organização Meteorológica Mundial (WMO). Segundo ela, há 55% de chance do fenômeno “La Niña” se desenvolver entre dezembro deste ano e fevereiro de 2025. No entanto, a previsão é de um evento fraco e de curta duração, retornando às condições neutras entre fevereiro e abril.

Para tranquilizar, sobretudo o setor agropecuário do Rio Grande do Sul em relação a um novo episódio de estiagem, soma-se as informações da Secretaria de Agricultura do Estado, que também fala em clima típico de verão. Conforme o serviço do Simagro, se houver fenômeno La Niña, será fraco, sem castigar de forma severa setores de cultivo e de captação de água.
Como de costume, termômetros altos e dias sem chuva, que, todavia não deve passar a de 15 dias seguidos. Então a chegada do outono, em abril, traz a normalidade na frequência pluviométrica.
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Impactos limitados
Ainda na avaliação do Climatempo, embora La Niña tenha um efeito temporário de resfriamento, a WMO alerta que isso não é suficiente para reverter o aquecimento global causado pelas atividades humanas. O ano de 2024 está a caminho de se tornar o mais quente já registrado, impulsionado por gases de efeito estufa na atmosfera e pelos efeitos do El Niño no início do ano.
Previsão climática global
As previsões indicam que temperaturas acima da média persistirão na maior parte das áreas terrestres e oceânicas, com exceção da região equatorial oriental do Pacífico, onde há chance de condições típicas de La Niña. As previsões de chuvas entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025 também seguem padrões associados a La Niña, com um gradiente de temperatura da superfície do mar positivo de leste para oeste, impactando os padrões sazonais.
Contexto do aquecimento global
Fenômenos naturais como El Niño e La Niña agora ocorrem em um cenário de aquecimento global crescente. Isso está intensificando eventos climáticos extremos, alterando padrões de temperatura e chuva e afetando setores sensíveis ao clima.
O que é La Niña?
La Niña é caracterizada pelo resfriamento das temperaturas da superfície do oceano na região central e oriental do Pacífico Equatorial, acompanhado de alterações na circulação atmosférica, como ventos, pressão e padrões de chuva. Em geral, La Niña provoca efeitos climáticos opostos aos do El Niño, especialmente nas regiões tropicais.
