Por conta das enchentes no Rio Grande do Sul, o Museu Visconde de São Leopoldo ficará fechado para visitação por tempo indeterminado. As águas atingiram mais de 2 metros de altura na rua do museu.
Segundo a diretoria do Museu, com auxílio de barqueiros voluntários, uma equipe de funcionários conseguiu entrar no prédio pela primeira vez e resgatar da lama documentos e acervos históricos.
“Felizmente, a água não chegou a ultrapassar para o segundo andar, mantendo intactos o arquivo histórico e demais acervos documentais. Muitas pessoas perderam a vida. Muitas outras perderam tudo o que possuíam. Vários voluntários e pessoas amigas do Museu também tiveram suas casas invadidas. No ano em que estamos celebrando o Bicentenário [Imigração Alemã no Brasil], essa catástrofe vem para nos lembrar – de maneira extremamente dolorosa – todas as dores e sofrimentos pelos quais nossos antepassados passaram”, diz o comunicado.
A direção do Visconde afirma que, assim como toda a população, o Museu também irá carregar por décadas as cicatrizes de 2024. “No Museu muito se danificou com certeza. Mas muito se poderá recuperar! Com a benção de Deus e ajuda da nossa grande rede de amigos, voluntários, mantenedores e patrocinadores, iremos com certeza restaurar tudo o que for possível e, o quanto antes, reabriremos as portas para seguirmos na nossa missão de preservação e divulgação dessa nossa tão importante História.”
A enchente histórica que atingiu o RS afetou cerca de 180 mil pessoas em São Leopoldo, entre desalojadas ou desabrigadas. Em todo o Estado, mais de 100 mortes foram confirmadas pela Defesa Civil em função da chuva. Pelo menos 136 pessoas estão desaparecidas no maior desastre climático do Estado, que afetou 1,47 milhão de moradores nos 425 municípios atingidos.