Conheça mais sobre o comércio justo e solidário que incentiva os pequenos produtores que ficam com menos oportunidades no mercado
Incentivar o pequeno produtor que tem chances reduzidas no mercado atual. Essa é a função da Cooperativa Consol, através do Mundo Paralelo, uma loja que pratica o comércio justo e solidário. Originado a partir de uma prática européia, o projeto veio para o Brasil em 2004 e atualmente engloba 7 estados: RS, SC, PR, RJ, TO, RO, AM.
O sistema de venda interna é pioneiro na América Latina e está baseado na crença de um potencial consumidor do Brasil. Já existem cooperativas que fazem o intermédio da mercadoria do pequeno produtor para a exportação. O pioneirismo da Consol consiste, entretanto, na prática do comércio voltado para o próprio país.
Além da integração do pequeno produtor ao mercado e do preço justo de venda, a cooperativa investe em repassar aos jovens o ofício exercido pelos mais velhos, para que haja uma revalorização do trabalho local. Outra meta é a conscientização dos produtores para que não ocorra depredação do meio ambiente.
Tendo início em Novo Hamburgo, atualmente são duas lojas sendo a segunda em Porto Alegre. Outras duas unidades, em São Paulo e Brasília, estão previstas para 2008. Localizada na General Câmara, a loja de Porto Alegre apresenta um diferencial: um café bar que em um ambiente agradável tem a mesma finalidade da loja, a valorização do produto menos oportunizado na maioria dos estabelecimentos.
Além de abrir espaço para os pequenos produtores, o bar também abre espaço para os artistas da região a fim de gerar oportunidade dos mesmo expor seu trabalho. Juntamente com o bar, existe uma galeria de arte. Onde atualmente está ocorrendo a Bienal B, que privilegia os artistas locais que não encontram espaço na Bienal.
Tanto as apresentações no bar quanto as exposições na galeria não têm custo para os interessados em mostrar seu trabalho. A loja Mundo Paralelo é especializada na venda de produtos diversos. A maior procura são pelos produtos de alimentação vendidos já manufaturados. Por serem originados de agricultura familiar, apresentam um diferencial.
Na parte alimentícia destaque é para as geléias (que podem ser encontradas também na versão dietética a base de frutose) e para os vinhos. Depois do ramo alimentício, os têxteis aparecem na lista de maior procura. Camisetas que podem ser encontradas em estampas diversas é o artigo de maior venda. Segundo o atual presidente da Consul, cooperativa responsável pelo Mercado Paralelo, Miguel Steffen as feiras são boas aliadas.
“Para nós, as feiras são um grande canal de comercialização, mas infelizmente são esporádicas”, diz Steffen. O presidente da cooperativa ressalta que até sábado, eles estão expondo em uma feira no Largo Rui Porto, logo após seguindo para o Acre na Feira Panamazônica.
O setor de produção engloba aproximadamente 1,5 milhão de pessoas divididas em 21 mil empreendimentos. Entretanto, no setor de comercialização ainda há pouca gente na economia solidária.
Ainda que muito já tenha sido feito, o projeto ainda não conquistou inteiramente seu espaço. Por ser uma novidade, está buscando parceiros e viabilidade financeira. “O projeto apaixona. É um desafio atingir o marketing social. A devida valorização requer incentivo ao produtor e conscientização do consumidor”, finaliza Steffen.
Qualquer um que tiver o interesse, pode aderir a causa, mesmo não sendo produtor. Saiba mais em www.consolbrasil.com.br.
Novo Hamburgo
* Lojas Mundo Paralelo (Cooperativa Consol)
Rua 1º de Março, 437 – Centro – E-mail: [email protected]
Porto Alegre
* Lojas Mundo Paralelo (Cooperativa Consol)
Rua Gal.Câmara, 424 – Centro – E-mail: [email protected]
