A estação muda, a defesa diminui e paciente fica mais vulnerável. Porém, a automedicação pode esconder sintomas de doenças mais sérias.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Gripe, resfriado, amidalite, bronquite e até mesmo pneumonia são alguns dos problemas mais comuns nessa época do ano, quando a defesa do organismo fica enfraquecida, facilitando a proliferação de vírus e bactérias.
As mudanças bruscas de temperatura deixam as pessoas com a imunidade baixa, momento em que os vírus conseguem causar um processo inflamatório na mucosa, desenvolvendo gripes e resfriados.
Entre os sintomas mais comuns de problemas nessa época, está a coriza, dor de garganta e também dores no corpo. Para evitar, é importante manter uma alimentação saudável, dormir bem, fazer atividade física e evitar alterações de temperatura, especialmente se a pessoa for mais sensível a isso.
De acordo com a pediatra Ana Escobar, existe também a opção da vacina, que tem efetividade de mais de 90%. No próximo dia 15 de abril, a vacinação contra a gripe chega aos postos médicos direcionada a grupos de risco, como crianças menores de 2 anos, idosos com mais de 60 anos, indígenas, pessoas com diabetes, profissionais da saúde e gestantes – nesse último caso, a vacina é diferente e não causa reações adversas, além de proteger também o feto nos primeiros meses de vida.
Medicamentos
Porém, se a pessoa já pegou a gripe, ela deve recorrer a alguns medicamentos, como os descongestionantes, por exemplo. Eles ajudam a diminuir o edema e melhorar a respiração, a sensação de coriza e o nariz entupido.
No entanto, como alertou a farmacêutica Nádia Bou-chacra, os descongestionantes apenas aliviam os sintomas, mas não resolvem a causa e não curam a gripe já que o vírus tem seu ciclo que deve ser finalizado.
Há também a opção dos antigripais, mas é preciso ter cuidado já que eles podem mascarar os sinais de uma doença mais séria, como a pneumonia. Nesse caso, se o problema evoluir, pode virar um quadro ainda mais grave, principalmente nas crianças.
Por isso, como explicou a farmacêutica, não é recomendado usar o antigripal por mais de 5 dias – caso a gripe persista por mais de 10 dias, é sinal de que pode estar ocorrendo uma infecção bacteriana ao mesmo tempo. Caso a pessoa tenha febre, ela pode usar um antitérmico para melhorar a sensação de conforto – o efeito é rápido e em apenas uma hora o paciente já começa a se sentir melhor.
Coqueluche
Em 2012, aumentaram muito os casos de coqueluche no Brasil e 74 pacientes morreram. Porém, muita gente não conhece os sintomas, que podem ser confundidos com os de um simples resfriado. Segundo a pediatra Ana Escobar, o principal sinal é a tosse persistente, que causa falta de ar e pode durar até 14 dias.
A transmissão é feita de pessoa para pessoa, através da tosse ou da fala. Por isso, é importante se proteger com a vacinação, principalmente no caso das crianças, em que a coqueluche pode ser fatal.
No segundo semestre de 2013, o sistema público de saúde deve oferecer a vacina também para as gestantes, para que os bebês nasçam protegidos. Segundo a pediatra Ana Escobar, a vacina tem 98% de eficácia e, além da coqueluche, protege também contra difteria, tétano e meningite.
Informações de Zero Hora
FOTO: reprodução / Zero Hora