Investigação do Ministério Público Federal pede o bloqueio de bens da ex-prefeita de Sapiranga, Corinha Molling, e de seu esposo, o ex-prefeito e ex-deputado federal Renato Molling, ambos do Progressistas.
Eles são denunciados por suposta prática de improbidade administrativa e “de atos que configuraram enriquecimento ilícito e afronta aos princípios que norteiam a atividade pública”. Em campanha para deputado federal, Molling diz que não foi citado, mas atribui a denúncia ao período eleitoral. “Isso é pura inveja de gente que nunca fez por Sapiranga”, disse o candidato.
A ação, que já tem seis volumes, tramita no Núcleo de Justiça 4.0 de Proteção ao Erário Público do Tribunal de Justiça (TJ-RS). No MP de Sapiranga o inquérito civil foi conduzido pelo promotor Micael Schneider Flach,
A densa investigação atinge ainda os filhos do casal. Conforme o MP, no período das supostas irregularidades Corinha era prefeita e, Molling, deputado federal. Eles teriam exigido vantagem indevida “para facilitar/viabilizar a aprovação do Loteamento Imperial” em Sapiranga. O local teria 35 terrenos, e o ex-prefeito teria feito exigências.
Desde que a ação chegou na Vara da Improbidade, a Justiça deu prazo de cinco dias para a manifestação dos denunciados antes de decidir se acata o pedido de antecipação de tutela para bloqueio dos bens.
O candidato afirmou: “Ainda não fomos notificados dessa decisão. Não há nada de irregular neste negócio, que foi efetivado, em 2013. O contrato é regular e não tem um centavo da prefeitura envolvido nisso. O que eu estranho é que sempre perto das campanhas eleitorais surgem ataques e teorias contra nós. Me espanto, também, com o Ministério Público local, que no período da pandemia, estava sempre fechado. Agora, eventualmente, quem é agente público, pode ter algum processo administrativo. Mas, quem não trabalha pelo bem da sociedade, aí sim, não sofre processos. Quero registrar, também, que a Corinha nem sabe onde fica esse loteamento habitacional. Tenho certeza, que nenhum técnico da prefeitura fez nada de errado nesse período. Eu mesmo possuo um loteamento e nunca consegui regularizar, mas porque eu faço tudo dentro da lei. É estranho que sempre perto das eleições, gente invejosa, que nunca fez nada por Sapiranga, solta esses fatos tendenciosos”, declarou Renato.