Infestação que preocupou hamburguenses no final de semana permanece incomodando nesta segunda-feira
A segunda-feira iniciou com os hamburguenses ainda em luta contra uma proliferação de mosquitos que tirou o sono da cidade no final de semana. Nuvens do inseto se formaram rapidamente e invadiram casas de diversos bairros do município. Houve ainda uma grande corrida às farmácias em busca de repelentes.
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Segundo a Vigilância Sanitária, as reclamações partiram principalmente dos bairros Canudos, Guarani, Hamburgo Velho, Ideal, Liberdade, Lomba Grande, Pátria Nova, Primavera, Ouro Branco, Rondônia e Santo Afonso.
Nesta segunda, o zelador Ronaldo da Silva reclamava que não conseguia trabalhar, tendo que destinar sua atenção a fugir dos insetos. Já o fiscal Valdeci Camargo conta que chegou no trabalho e encontrou o colega do turno da noite trancado em uma sala, apesar do calor. “Tentei matar os mosquitos com uma toalha, mas não dei conta”, diz.
Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam) de Novo Hamburgo, a explicação para o fenômeno está nas intensas chuvas que atingiram a região, seguidas de um calor muito úmido (clima considerado ideal para a proliferação dos mosquitos). A Semam descarta qualquer ligação com uma suposta dedetização realizada em Campo Bom.
Outro caso
Em 2004, Novo Hamburgo passou por uma infestação semelhante. Na época, parte dos agentes que combatem a dengue foram redirecionados excepcionalmente para atacar a proliferação do mosquito culex, popularmente chamado de mosquito comum.
As reclamações à Secretaria Municipal de Saúde partiam principalmente de moradores dos bairros Vila Nova, Hamburgo Velho, São Jorge, São José e Canudos.
Na oportunidade, a explicação sobre a proliferação foi parecida: o forte calor aliado à matéria orgânica mais exposta com o nível baixo do rio e dos arroios. Além disto, por conta das altas temperaturas, os predadores naturais do mosquito, como ratos e sapos, acabam não aparecendo.
Sobre o mosquito
Somente as fêmeas dos mosquitos do gênero culex picam. Os machos ajudam a produzir um zunido irritante e geralmente morrem no outono por causa do frio. Com o calor, eles continuam vivos e se reproduzindo em grande escala. As fêmeas do gênero culex quase sempre colocam seus ovos em águas poluídas, aclodindo após 48 horas.
Os mosquitos estão perfeitamente adaptados às condições urbanas, pois o homem oferece criadouros artificiais como tanques, latas, caixas d’água, pneus e pratos de vasos para plantas com água limpa.
Pelo fato de as fêmeas se nutrirem de sangue, os insetos têm importância como vetores de doenças. O mosquito culex incomoda, irrita e faz com que noites mal dormidas interfiram na vida das pessoas. No entanto, não é considerado vetor de microrganismo patogênico no nosso meio.
Dicas
• Não deixe água parada exposta, limpa ou suja, em quaisquer recipientes como: caixas d’água, latas, garrafas, jarros, copos, pneus, pratos de vasos, tambores, fossas, valetas, piscinas sem tratamento;
• Não jogue materiais inservíveis em córregos, obstruindo-os, pois a água fica parada e pode servir de criadouro para mosquitos;
• Coloque areia grossa nos pratos de vasos de plantas, evitando que esta se torne um criadouro;
• Coloque flores em vasos de cemitério sem água, preenchendo-o com areia;
• Acondicione correto os alimentos (em potes ou latas bem fechadas);
• Vede caixas d’água;
• Não jogue materiais inservíveis em terrenos, pois podem acumular água da chuva e servir de criadouro.