Bactéria que teria se desenvolvido nos hospitais de Brasília tem demonstrado extraordinária resistência aos antibióticos, mas já está sendo controlada.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal confirmou nesta quarta-feira, dia 10, que aumentou de 18 para 22 o número de mortes causadas na cidade pela bactéria KPC neste ano, embora tenham destacado que a situação começou a ser controlada.
As mortes foram provocadas pela bactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase – KPC, que tem demonstrado uma extraordinária resistência aos antibióticos. Há suspeitas de que tenha se desenvolvido nos hospitais da capital federal devido à falta de higiene e outros fatores.
Segundo um boletim divulgado pela secretaria, os exames de óbito realizados em quatro pessoas que morreram nas últimas duas semanas indicaram que foram vítimas da KPC, o que elevou o número de mortes causadas pela bactéria desde janeiro de 18 para 22.
Os casos de pessoas infectadas pela bactéria passaram de 135 para 207 nos últimos 30 dias, mas a grande maioria dos doentes já se recuperou e só 12 permanecem internados.
A KPC foi identificada em hospitais de Brasília em meados deste ano, mas desde então outros casos vêm sendo registrados em outras regiões do país. Segundo o último relatório do Ministério da Saúde, até a semana passada haviam sido detectados 70 casos no estado de São Paulo, 12 em Minas Gerais, 18 na Paraíba, sete em Pernambuco, quatro em Goiás e três em Santa Catarina, Espírito Santo e Bahia.
Para evitar a propagação da bactéria, o Governo impôs limitações à venda de antibióticos, só podendo ser adquiridos mediante receita médica. A intenção da medida é evitar a automedicação e conter o consumo exagerado de antibióticos, que pode ajudar a aumentar a resistência da bactéria aos remédios.
Informações de O Dia
FOTO: ilustrativa