Na manhã desta quarta-feira (13), morreu o hamburguense Enio de Chaves, 62 anos. Ele lutava contra um câncer avançado no pulmão. O hamburguense aguardava, em casa, desde a quinta-feira (7) um cilindro de oxigênio suplementar para melhora na condição respiratória, além de suportar a deficiência trazida pela doença. A empresa contratada não entregou o cilindro na segunda (11), e afirmou que ia entregar somente ontem.
Na quinta, a irmã de Enio, Alessandra Cassel, foi até a prefeitura de Novo Hamburgo solicitar o oxigênio. Lá, a hamburguense foi bem atendida. “Fui até a prefeitura solicitar o oxigênio. Fui bem atendida por um médico, e isso é importante. Inclusive, na autorização da solicitação”, disse ela.
O problema, segundo a hamburguense, foi a demora na vinda do equipamento. “Meu irmão necessitava de um auxílio respiratório urgente, pois seu caso era grave e avançado. A prefeitura, pela empresa contratada, não havia dado para a família, quanto para a vinda do equipamento, o que deveria ser rápido”, disse ela. Inconformada com a situação, ela ingressou na justiça – e obteve uma liminar determinando que o oxigênio fosse levado até sua casa, em até 5 dias. A liminar foi impetrada na Vara da Fazenda Pública. A decisão é de sexta-feira (8).
Mas, em meio a isso, na madrugada de sábado (9), o paciente teve agravamento do quadro, e foi levado ao Hospital Municipal de Novo Hamburgo (HMNH). Lá, recebeu toda assistência e médica – inclusive, o oxigênio.
Todavia, como mencionado, na segunda-feira (11), o oxigênio seria entregue na residência do hamburguense, no bairro Lomba Grande. O que não aconteceu. Ontem, a irmã recebeu uma ligação, da empresa responsável, informando sobre a instalação do equipamento.
Mas, Enio veio a falecer antes, por volta 11h de hoje, após complicações no quadro
A família ainda agradeceu a onda de solidariedade gerada pela matéria publicada pelo DuduNews no domingo. “Isso foi muito importante, nos confortou. Mesmo com todas as dificuldades, temos de ter gratidão neste momento”, completa a irmã.
A prefeitura também informou que deu total assistência ao caso de Enio, internado no Hospital. Além disso, no primeiro momento, a prefeitura informou que não possui estoque de oxigênio – o que é de responsabilidade de uma empresa. Além disso, disse que haveria falta de documentação necessária para a solicitação.