Haddad disse que os exercícios pedem aos alunos que transformem frases escritas na linguagem popular para a norma culta.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Ao falar aos senadores da Comissão de Educação, Cultura e Esporte – CE, o ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que o livro Por Uma Vida Melhor, utilizado em escolas públicas de Educação de Jovens e Adultos – EJA, não ensina a falar ou a escrever errado, conforme dizem críticos do material.
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O ministro (foto) disse que os próprios críticos do livro reconhecem não terem lido a obra. Alguns, disse, após tomarem conhecimento do total da obra, retiraram as críticas. Por outro lado, o ministro ressaltou que o Ministério da Educação – MEC recebeu inúmeras manifestações apoiando o livro.
Haddad disse que os exercícios contidos no livro pedem aos alunos que transformem frases escritas na linguagem popular para a norma culta. “O livro parte de uma realidade comum ao aluno e traz o estudante para a norma culta”, disse.
Ao defender uma suposta supremacia da linguagem oral sobre a linguagem escrita, o livro admite a troca dos conceitos “certo e errado” por “adequado ou inadequado”. A partir daí, frases com erros de português como “nós pega o peixe” poderiam ser consideradas adequadas em certos contextos.
Apesar das críticas de educadores e escritores, o MEC já havia informado que não pretendia retirar das escolas o livro distribuído pelo Programa Nacional do Livro Didático. De acordo com o Ministério, o livro foi concebido especialmente para a educação de jovens e adultos e aprovado por um conselho editorial.
Além disso, foi referendado por uma comissão formada por professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Ainda de acordo com o ministério, não existe interferência política na escolha dos livros didáticos.
Informações de ZeroHora.com
FOTO: reprodução / Antonio Cruz-ABr