Primeiras quatro mil vagas serão criadas até 2015. Trata-se de parte do pacto anunciado pela presidente Dilma Rousseff em resposta às manifestações. Médicos estrangeiros serão necessários mesmo assim.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Até 2017, o Ministério da Saúde abrirá 12 mil vagas de residência médica em todas as especialidades, conforme anúncio feito nesta terça-feira, dia 25. A medida faz parte do pacto anunciado na segunda-feira, 24, pela presidente Dilma Rousseff em resposta às reivindicações surgidas nas manifestações nos últimos dias.
A intenção é ampliar o número de especialistas e zerar o déficit da residência médica em relação ao número de formados em medicina. As primeiras quatro mil vagas serão criadas até 2015. O aumento iguala o número de vagas de residência médica ao de postos na graduação.
As medidas serão acompanhadas de um investimento anual de R$ 80 milhões em hospitais e unidades de saúde que expandirem programas de residência e R$ 20 milhões para infraestrutura, como reforma e estruturação de laboratórios e bibliotecas e também para aquisição de material permanente. Mais R$ 60 milhões serão destinados à manutenção dos programas de residência e formações dos profissionais que irão orientar os residentes.
Necessidade de contratar médicos
estrangeiros continua, diz ministro
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, os investimentos na área de saúde vão abrir nos próximos anos 35 mil postos de trabalho. “Não existe estratégia única para enfrentarmos o problema de levar mais médicos para perto da população”, disse.
O ministro reforçou que, mesmo assim, será preciso contratar médicos estrangeiros para suprir a demanda por profissionais. “O Brasil precisa formar mais médicos e formar mais especialistas. Isso demora sete, oito anos, enquanto isso precisamos atrair médicos estrangeiros. O edital que estamos construindo chama médicos brasileiros e as vagas que eles não preencherem vamos chamar os estrangeiros.”
Informações de Agência Brasil
FOTO: ilustrativa / interviewsos.com