Polícia Civil desencadeia “Operação Triunvirato” para desmantelar organização criminosa envolvida em homicídios, narcotráfico e jogos de azar.
Na manhã desta sexta-feira, 06, a Polícia Civil desencadeou uma operação de grande envergadura para combater o crime organizado e ocorrências de homicídios. Batizada de “Operação Triunvirato”, a investida mobilizou quase 1,2 mil policiais que atuaram em nove municípios, principalmente na Região Metropolitana, incluindo Florianópolis, em Santa Catarina.
A operação resultou na prisão de 32 pessoas até o momento, além da execução de 190 ordens judiciais, sendo 42 mandados de prisão preventiva e 148 de busca e apreensão. Entre os principais alvos da ação encontram-se três lideranças da organização criminosa, cuja sede está localizada no Vale do Sinos, mas que possui forte atuação em Gravataí.
Os nove municípios alvo da operação incluem Porto Alegre, Cachoeirinha, São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Novo Hamburgo, Cachoeira do Sul e Viamão, além da já mencionada Florianópolis. A investigação que culminou nesta operação vem sendo realizada nos últimos três anos e teve início após uma tentativa de homicídio contra um jovem de 17 anos em Gravataí. O jovem foi sequestrado, torturado e posteriormente encontrado pela Brigada Militar.
A investigação revelou que a tortura sofrida pelo adolescente foi transmitida pela internet e teve motivação ligada a rivalidades entre grupos criminosos.
Além das atividades ligadas a homicídios, a facção desmantelada durante a operação era responsável por uma extensa rede de narcotráfico no Rio Grande do Sul. A organização havia desenvolvido uma estrutura empresarial altamente organizada e também se envolvia em atividades ilegais relacionadas a jogos de azar. Durante a operação, foram apreendidos 119 caça-níqueis.
As forças de segurança também descobriram que a facção contava com um grande arsenal bélico, incluindo armas de grosso calibre, cujas imagens eram compartilhadas nas redes sociais. As autoridades agora estão em busca dessas armas, bem como de drogas e outros objetos que possam servir como provas dos crimes.
O nome “Triunvirato” foi escolhido para a operação devido à estrutura de poder dentro da organização criminosa, que era exercido por três indivíduos, sendo que um deles já está detido por outro delito.