Polícia Civil concluiu os três primeiros inquéritos envolvendo João Batista do Couto Neto, mas ainda há 39 investigações de homicídio e 114 de lesão corporal em aberto
O médico João Batista do Couto Neto, foi formalmente indiciado por homicídio doloso em relação à morte de três pacientes, segundo informações divulgadas na terça-feira, 12, pelo delegado Tarcísio Kaltbach, responsável pelas investigações.
Os indiciamentos resultam de apurações sobre a morte de dois homens e uma mulher, e os resultados dos três primeiros inquéritos foram encaminhados ao Poder Judiciário no final de novembro. Contudo, a informação só veio a público recentemente. O delegado destacou a complexidade dos procedimentos, com uma quantidade substancial de documentação a ser analisada e laudos a serem recebidos pelo Instituto Médico Legal (IML).
Ao todo, o médico é suspeito de causar a morte de 42 pacientes e lesões em outros 114. Ainda estão em aberto 39 investigações de homicídio e 114 de lesão corporal envolvendo João Batista do Couto Neto. O delegado Kaltbach explicou que o processo é extenso devido à complexidade dos procedimentos realizados pelo cirurgião.
Desde outubro deste ano, não há mais medidas cautelares que impeçam o médico de realizar cirurgias e intervenções invasivas. Anteriormente, a Justiça havia estabelecido uma proibição por 120 dias, cujo prazo expirou. Apesar de não haver mais restrições legais, o advogado de João Couto afirmou que o médico optou por não realizar cirurgias, pelo menos por ora.