Cerca de 1,3 mil agentes participam da ofensiva que ocorre em quatro estados
Após um ano e meio de investigação da 1ª Delegacia de Sapucaia do Sul, com apoio do Ministério Público (MP), a Polícia Civil está realizando nesta terça-feira (19) uma grande operação com cerca de 1,3 mil agentes, em quatro Estados, contra lavagem de dinheiro de uma facção gaúcha que tem base no Vale do Sinos.
Considerada a maior do tipo na história da instituição, a operação conta também com o apoio de outras polícias, o uso de dois helicópteros, investiga cerca de 200 criminosos e visa apreender judicialmente um valor aproximado de R$ 50 milhões. Ao todo, são 1.368 mandados judiciais. Somente de prisão são 66, sendo que alguns estão sendo cumpridos dentro de 14 presídios — um deles federal —, tendo como alvo líderes que comandavam crimes de dentro das cadeias. A ofensiva também visa apreender 102 veículos e duas aeronaves, bem como 38 imóveis em várias cidades. A polícia também obteve bloqueios fiscais, financeiros e ligados à bolsa de valores. Houve o sequestro judicial de 190 contas bancárias. O cumprimento de 273 mandados de busca ocorre em 38 cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul.
Os Delegados Mario Souza e Gabriel Borges coordenam a execução da Operação Kraken. A coordenação é em conjunto com Brigada Militar, Susepe RS, Corpo de Bombeiros Militar RS, Polícia Civil de Santa Catarina, do Paraná, e Mato Grosso do Sul, Polícia Rodoviária Federal do RS e Departamento Penitenciário.
Investigações da 1a DP de Sapucaia do Sul.
O objetivo, segundo Souza, é atacar as finanças de uma das maiores facções do Estado que está por trás do tráfico de armas e drogas, inclusive com o envio de entorpecentes por meio de drones para penitenciárias, mas também envolvida no roubo de carros e em assaltos. A organização também se envolveu na disputa com outro grupo, de Porto Alegre, que deixou 25 mortos em pouco mais de um mês.
Fotos: Polícia Civil/RS