Durou pouco mais de um ano a cobertura de lona no Casarão dos Friedrich, em Novo Hamburgo. O imóvel, datado de 1845, tem tombamento provisório da Prefeitura. Em 2020, um incêndio atingiu parte do segundo piso. Levou dois anos para que a cobertura precária fosse colocada, com o objetivo de preservar a estrutura até o restauro. Desde então, nada foi feito e os temporais de verão deixaram, mais uma vez, o casarão vulnerável às ações do tempo. A Prefeitura vai acionar o Ministério Público para que o órgão seja o mediador de uma solução.
Enquanto as condições climáticas são implacáveis no imóvel com quase 200 anos, há um jogo de empurra entre os proprietários da área e a Prefeitura. O advogado Fabrício Leão, que representa os herdeiros da área, diz que há vontade da família em recuperar o imóvel, “mas eles não têm condições financeiras”, observa.
O advogado diz que a Prefeitura foi informada do rasgo na lona. “Estamos esperando. Há uma morosidade (do serviço público).” Para Leão, “se a família não tem condições, ela busca auxílio na Prefeitura. A partir do momento que a família não tem condições de arcar com isso, a Prefeitura tem que pagar a família, fazer alguma coisa. Se não fizer é um dos requisitos para que o tombamento acabe.” Por fim, diz que o objetivo é resolver.
O que diz a Prefeitura
O secretário da Cultura, Ralfe Cardoso, diz que há cerca de 45 dias, técnicos da área de patrimônio verificaram a área e fizeram medições de outros prédios para delimitar o tombamento definitivo.
Segundo Ralfe, a lona está solta e precisa ser recolocada, mas a Prefeitura não tem estrutura. Também não teve informações de que a família estivesse tentando resolver a questão, “tampouco tivemos notícias de busca de um projeto definitivo de restauro” pelos proprietários. O secretário diz que a pasta se colocou à disposição para auxiliar.
Diante dos passos, “a Secretaria da Cultura vai buscar o Ministério Público para que, por meio do MP, exista uma mediação e responsabilização de todas as partes sobre o restauro, mas indiscutivelmente a família tem responsabilidade sobre o patrimônio, que é dela”, finaliza.
O imóvel
O Casarão dos Friedrich representa bem o que era uma fazenda do século 19. Tem a “casa grande” com dois pisos, celeiro e mantém a antiga senzala. Hoje ocupa área de 6,5 hectares e o tombamento pode pegar só o entorno dos prédios, em área de aproximadamente um hectar.
Escola Serjão
Vai se chamar Sérgio Hanich, o Serjão, a Escola do Legislativo de Novo Hamburgo. O projeto legislativo foi apresentado pela Mesa Diretora na presidência de Cristiano Coller (PTB) e aprovado por todos os parlamentares na sessão desta segunda-feira à noite.
Uma justa homenagem, mas os próprios parlamentares acham que é pouco. E em seus discursos falaram que é necessário buscar uma “coisa maior” para Serjão, que fez história na Câmara pelo seu estilo combativo e também pelas pérolas verbais que costumava largar.
E essa pesquisa?
Pesquisa do Instituto Methodus avalia prefeitos da Região Metropolitana. Nesta terça-feira revelou os que ficaram “abaixo da média”, segundo o levantamento. Ou seja, com avaliação inferior aos 5,7 pontos. Sebastião Mello (MDB), Porto Alegre, ficou em oitavo com 5,5; Ary Vanazzi (PT), de São Leopoldo, em décimo com 5,3; e Fatima Daudt (MDB), de Novo Hamburgo, em 13º com 5,2.
Os seis melhores avaliados, com notas acima da média, segundo a pesquisa, foram os prefeitos de Gravataí, Canela, Eldorado do Sul, Campo Bom, Parobé e Sapucaia do Sul. Mas o resultado de cada um serão revelados só na quinta-feira, 25.
Fica um registro: a pesquisa não divulgou metodologia e nem o número de entrevistados por município.
Minha reverência vai para…
Aqueles que ainda se preocupam com a preservação do patrimônio histórico e cultural.