Debate no programa Estação Hamburgo destaca os 90 anos do Círculo Operário Leopoldense e o trabalho conjunto de entidades como CUFA, Assemplife, Pontocom, Apoena Socioambiental e Sicredi na transformação social da Feitoria.
No programa Estação Hamburgo de 29 de julho, lideranças de São Leopoldo reuniram-se no Espaço Sicredi Feitoria para um debate sobre cidadania, inclusão, segurança e desenvolvimento social. O encontro celebrou os 90 anos do Círculo Operário Leopoldense (COL) completados na data e destacou iniciativas de entidades como a CUFA, Assemplife, Pontocom, Apoena Socioambiental e Sicredi, que atuam em São Leopoldo, mas muito especialmente na região da Feitoria e da Zona Norte para fortalecer o senso de comunidade, promover oportunidades para a juventude e enfrentar os desafios da realidade local.
Uma cidade dentro da cidade
Com cerca de 40 mil habitantes, a Feitoria, na Zona Leste de São Leopoldo, é uma verdadeira cidade dentro da cidade. “É maior do que 90% das cidades do Rio Grande do Sul”, lembrou o apresentador Rodrigo Steffen ao abrir o programa. Foi com esse espírito comunitário que a Vale TV, através do Estação Hamburgo, promoveu um encontro entre agentes transformadores locais para refletir sobre os avanços, desafios e propostas da região.
90 anos do COL: uma história de proteção e formação
Representando o COL, Maria Cristina Somavila comemorou os 90 anos da entidade que atua no fortalecimento de vínculos com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. “Trabalhamos com educação, cidadania, convivência e prevenção. O COL se reinventa conforme a sociedade muda”, destacou. A atuação do serviço ultrapassa o atendimento individual, buscando transformar contextos familiares e ampliar o entendimento sobre direitos.
Assemplife: desenvolvimento com inclusão
O empresário Odinir de Zorzi, o Gringo, presidente da Assemplife, relembrou ações da entidade para realocar empresas após as enchentes de 2024, além de iniciativas voltadas à segurança e desenvolvimento local. “Ser empresário é caminhar junto com o povo. A gente não vende para ninguém se o povo não estiver junto com a gente”, pontuou, defendendo que os bairros e comunidades da Zona Leste precisam de presença efetiva do poder público e de atenção especial à segurança.
CUFA: protagonismo das periferias
Pablo Dalavera, representante da CUFA RS, destacou a importância de políticas afirmativas para jovens das periferias. Com foco na inclusão pelo esporte, anunciou a etapa regional da Taça das Favelas e mencionou projetos em parceria com organizações como Meta e RBS. “A CUFA promove protagonismo de quem vive no território, valorizando a vivência local e oferecendo oportunidade de transformação”, afirmou.
Pontocom: conectividade a serviço da comunidade
Alceu Etter, diretor da Pontocom, empresa nascida na Zona Norte, no Bairro Campina, enfatizou o papel da tecnologia na inclusão social. “A internet democratiza o acesso à informação e insere pessoas no mundo. A gente trabalha para pessoas e por pessoas”, disse, ao lembrar que a empresa leva conexão às regiões mais afastadas da região central da cidade e outras cidades da região.
Portas abertas na Feitoria para a escuta coletiva
O programa também anunciou a primeira edição do evento “Portas Abertas”, organizado pela Assemplife e Sicredi. A proposta é reunir cem pessoas em grupos de discussão para ouvir os anseios do bairro em quatro eixos: segurança, educação, capacitação e geração de renda. “É um movimento. Um passo de cada vez. É assim que a cultura do bem se constrói”, sintetizou Gringo.
A importância da ação coletiva
Durante a conversa, os participantes destacaram a importância da coletividade e da escuta como caminhos para o fortalecimento do tecido social. “Nunca será bom para um se não for bom para todos”, resumiu Alceu. Ações como a valorização da cultura, o resgate da memória, o estímulo ao cooperativismo e o acolhimento de vítimas da violência foram apontadas como essenciais para transformar realidades.
Reconstrução pós-tragédias e esperança no centro
O debate também refletiu sobre a necessidade de revitalização do centro de São Leopoldo, apontando o aumento dos aluguéis como entrave para a retomada do comércio. Apesar das dificuldades, movimentos como o “Viva São Leopoldo” e os eventos do Dia da Imigração Alemã foram lembrados como sinais de resgate da ocupação urbana e da convivência cidadã.
Cidadania se aprende e se constrói
Ao falar sobre a formação de jovens cidadãos, Maria Cristina destacou que o trabalho do COL é diário e sensível, tratando temas como diversidade e violência de forma lúdica e educativa. “A gente busca construir novas possibilidades e desconstruir culturas de violência”, explicou, lembrando que o processo é lento, mas transformador.
Clique na imagem abaixo para assistir ao programa Estação Hamburgo na íntegra, no YouTube:
LEIA TAMBÉM: Assemplife promove evento para debater soluções de desenvolvimento da Feitoria
Debate realizado no dia 29 de julho no programa Estação Hamburgo, apresentado por Rodrigo Steffen.