Muito recuado e sem poder ofensivo, time do técnico Jorge Fossati não foi competente trazer três pontos da capital equatoriana na madrugada desta sexta-feira: 1 a 1.
Da Redação [email protected]
Futebol bem menor do que a altitude. Assim foi Deportivo Quito e Inter na madrugada desta sexta-feira, dia 12.
Pior para quem ficou acordado até quase 2 horas da manhã para assistir a segunda partida do Colorado na Libertadores 2010.
O Estádio Olímpico Atahualpa pode ter sido palco do pior jogo do time de Jorge Fossati na temporada, considerando a fragilidade do adversário. Muito recuado e sem poder ofensivo, não foi competente para conquistar os três pontos na capital equatoriana.
Agora, o Inter é segundo colocado no Grupo 5 com quatro pontos. Apenas os seis melhores vice-campeões de grupo vão às oitavas-de-final. Atualmente, os gaúchos tem a sétima melhor campanha. Portanto, estariam eliminados. Nada que assuste. Afinal, os dois próximos jogos são praticamente em casa, diante do líder Cerro do Uruguai. O primeiro na semana que vem, quinta-feira, 17, em Rivera – na fronteira do Rio Grande do Sul –, e o segundo no Beira Rio.
O jogo
O primeiro tempo foi digno de Libertadores. Jogo truncado, com as duas equipes atacando com poucos jogadores e defendendo com o maior número possível. Até os 33 min, quando saiu gol do Quito, o jogo tinha um roteiro de falhas dos goleiros e chutes de longe.
Por coincidência ou não, os gols saíram de lances que constavam nesse roteiro. Arroyo avançou pela esquerda e cruzou rasteiro. O goleiro colorado Pato Abbondanzieri tentou defender, mas acabou dando rebote. Niell desviou para Minda só empurrar para o gol vazio.
O Inter adiantou a marcação e teve, enfim, posse de bola. Não demorou muito e já igualava o marcador. Aos 40 min, a qualidade dos jogadores colorados apareceu em toques rápidos. Guiñazu, Kleber e Sandro trocaram passes e colocaram o centroavante Alecsandro em posição de chute. O camisa 9 girou rápido e chutou na trave. No rebote, Edu não dominou e a bola sobrou para o meia Giuliano, que, de primeira, chutou colocado no canto direito de Ibarra.

SEGUNDO TEMPO – Na etapa final, o técnico Jorge Fossati adiantou a marcação. Guiñazu e Sandro ocupavam o campo do adversário, mas mesmo assim o Inter não oferecia perigo para os donos da casa.
Aos 7 min, o arbitro José Buitrago protagonizou um lance bizarro. O atacante Pircho foi lançado, na altitude a bola correu, e chegou dividida com Abbondanzieri. O goleiro segurou firme e o atacante esbarrou (foto). Falta para o Inter, certo? Não. Pênalti para o Quito!
Como os “hermanos” colorados falavam a língua do trio de arbitragem, ficou mais fácil explicar o lance e convencêplos de que não houve a penalidade. No fim, a falta para o Inter foi confirmada.
Cessado o bate boca, a bola voltou a rolar e o Inter assumiu de novo a postura do primeiro tempo. Recuado, com sete defensores e isolando o meia Giuliano e os atacantes Edu e Alecsandro. Os equatorianos aproveitaram e exerceram pressão até o fim.
O empate deve-se ao goleiro Pato Abbondanzieri, que falhou em alguns momentos, mas garantiu o resultado com defesas milagrosas. Aos 31 min, Minda recebeu cruzamento de Donoso e cabeceou no canto esquerdo. O goleiro do Inter se esticou todo para mandar a bola pela linha de fundo. No último lance de perigo, Donoso cobrou falta buscando o canto direito. Abbondanzieri espalmou para frente, Borghello pegou o rebote e Kleber salvou de cabeça.
Ficha do Jogo
Deportivo Quito (1): Ibarra, Checa, Hurtado e Mina; Minda, Saritama, Castro, Arroyo (Donoso) e Aguirre; Niell e Pirchio (Borghello). Técnico: R. D. Insúa.
Internacional (1): Abbondanzieri, Índio, Sorondo e Juan; Bruno Silva, Sandro, Guiñazu, Giuliano (Wilson Mathias) e Kleber; Edu (D’Alessandro) e Alecsandro (Taison). Técnico: Jorge Fossati.
Gols: Minda, aos 33 minutos, Giuliano, aos 40 do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Aguirre, Hurtado, Niell (Deportivo Quito); Alecsandro, Juan, Abbondanzieri, D’Alessandro (Internacional).
Estádio: Olímpico Atahualpa. Data: 11/03/2010. Árbitro: José Buitrago (Colômbia). Auxiliares: Wilson Berrío (Colômbia) e Javier Camargo (Colômbia).
FOTOS: reprodução / AP /Agência EFE