Uma situação complicada. O presidente Jair Bolsonaro sancionou, com um veto, a lei que fixa pisos salariais para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. O ato foi publicado nesta sexta-feira (5) no “Diário Oficial da União” (DOU). O texto do projeto, aprovado pela Câmara e pelo Senado, fixou em R$ 4.750 o piso nacional de enfermeiros dos setores público e privado, valor que serve de referência para o cálculo do mínimo salarial de técnicos de enfermagem (70%), auxiliares de enfermagem (50%) e parteiras (50%). Enfermeiros: R$ 4.750; técnicos de enfermagem: R$ 3.325; auxiliares de enfermagem: R$ 2.375.
Para a classe, a sanção do piso é importante, visto o trabalho executado pelos profissionais. “A conquista do Piso Salarial é o resgate de uma dívida histórica que a sociedade brasileira tem com esses profissionais fundamentais para a saúde do país e que mostraram sua garra, em especial, na pandemia”, disse o sindicato da classe no estado.
Mas, algumas instituições garantem problemas – e muito graves – com a situação. Um deles foi o Lar São Vicente de Paula, que declara que a situação pode ser insustentável. O lar emitiu nota neste sábado (6) sobre isso. “Como sabem, a Lei 13.434, que instituiu o piso salarial da enfermagem foi sancionada e publicada na última sexta-feira, com vigência imediata para o setor privado.
O direito ao reconhecimento desses profissionais é inegável. Mas não se pensou nas consequências DESASTROSAS dessa decisão às entidades como a nossa, que não tem de onde tirar R$ 40 mil mensais extras para honrar esses salários.
Por esse motivo, e considerando que nosso Lar é de toda a comunidade Hamburguense, faremos uma reunião PÚBLICA na próxima segunda-feira, dia 8/8, às 10h, quando trataremos publicamente do futuro de nossa Instituição.
Pedimos encarecidamente que a mídia local se faça presente, pois precisamos de vocês nesse momento crítico e incerto do Lar São Vicente de Paula.”
Questionada sobre a situação do lar, a presidente da instituição Pâmela de Campos, declarou: “A situação pode ser insustentável. E a medida drástica seria um até fechamento”, comentou. “É desesperador. Para nós, uma história de 30 anos, e temos o compromisso de mantê-la!”, encerra.