O deputado Issur Koch e o prefeito eleito de Novo Hamburgo, Gustavo Finck, estiveram, nesta quarta-feira (20), no Metropolitan Area Outer Underground Discharge Channel, em Saitama/Japão. Conhecido como a “Catedral Subterrânea”, a estrutura é considerada um dos maiores e mais avançados sistemas de controle de enchentes do mundo, projetado para proteger a região metropolitana de Tóquio contra inundações causadas por tufões e chuvas intensas. “Trata-se de um dos maiores centros de estudos e simulação de catástrofes e todo esse ambiente é preparado para diversos testes, como velocidade de inundação, de deslizamento de terra, como o solo se comporta, a capacidade de drenagem, enfim, inúmeras possibilidades voltadas à prevenção de tragédias naturais”, explicou Issur.
Gustavo Finck, que morou seis anos no Japão anteriormente, destacou a capacidade dos japoneses no planejamento de catástrofes. “É incrível todo esse trabalho que tivemos a oportunidade de conhecer. Que possamos levar esse modelo e essa experiência para Novo Hamburgo e o Brasil, a fim de que não precisemos mais passar pelo que vivenciamos este ano em nossa cidade e no Estado”, disse.
A visita incluiu uma apresentação técnica sobre o funcionamento do sistema, que conta com uma série de reservatórios, túneis e turbinas capazes de desviar e drenar grandes volumes de água, reduzindo significativamente os danos causados por enchentes.
De acordo com Issur, os japoneses estão organizando uma ida ao Rio Grande do Sul para fazer testes e simulações em diferentes solos. “Eles querem apresentar esse modelo e fazer uma série de testes em locais como a Serra Gaúcha, Vales dos Sinos e Paranhana, que sofreram com deslizamentos, por exemplo, levando tecnologia e conhecimento para os gaúchos. Que não se perca mais vidas pela ação do tempo e, sobretudo, pela falta de planejamento”, definiu o parlamentar
A CATEDRAL
Construída entre 1993 e 2006, a estrutura possui 6,3 km de túneis localizados a 50 metros de profundidade e é capaz de armazenar e redirecionar cerca de 200 metros cúbicos de água por segundo. Durante a visita, foram apresentados dados que demonstram a eficácia do sistema: entre 2002 e 2020, a “Catedral Subterrânea” ajudou a evitar aproximadamente 1 bilhão de dólares em danos materiais.
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