A primeira-dama, Íris Foscarini, fala sobre o trabalho na Coordenadoria Municipal da Mulher
Em visita ao portal novohamburgo.org, para coleta de agasalhos doados por funcionários da empresa (na foto, Cátia Thönnigs faz a entrega), a primeira-dama de Novo Hamburgo, Íris Foscarini, falou sobre as reuniões mensais (na última segunda-feira de cada mês), da Coordenadoria Municipal da Mulher, e do ciclo de capacitação que iniciou em maio, e segue até o mês de dezembro.
“Nosso objetivo é capacitar o grupo, para que saibam passar adiante a informação de maneira correta a quem necessitar ou solicitar nossa presença. Assim, teremos mais gente disponível para realizar palestras, como eu já venho fazendo em escolas e associações comunitárias, entre outros”, define Íris.
Segundo a primeira-dama, no último módulo do ciclo de palestras de capacitação, casos verdadeiros de violência contra a mulher, serão levados ao encontro. “Muitas pessoas não sabem o quê fazer quando se deparam com esse tipo de situação, e assim, poderemos experimentar a situação para avaliar qual o melhor procedimento” explica.
Ela lembra que, além da falta de informação, outros motivos levam à não denúncia por parte das mulheres agredidas: a dependência financeira e muitas vezes psicológica; o medo de ficar desprotegida pela lei; a insegurança frente a uma nova vida, agora sem o companheiro; além da esperança de quê tudo volte a ser como antes e as agressões cessem.
Farão parte das palestras de capacitação, cerca de 30 pessoas, sendo a maioria delas, ligadas às áreas da saúde e educação. “Temos que estar muito bem preparadas, pois em uma palestra, surgem perguntas sobre os mais variados assuntos. Quando sentem confiança em nosso trabalho, elas se abrem e perguntam de tudo”, observa Íris.
Além disso, a primeira-dama ressalta, que uma vítima, mal atendida, como já aconteceram casos aqui mesmo em Novo Hamburgo (na própria delegacia da mulher), ou que recebeu uma informação incorreta, não retorna, e conseqüentemente, não efetua a denúncia.
Violência em etapas
Íris conta também, que, segundo estudos, a violência passa por alguns estágios, que podem ter duração maior ou menor. A primeira fase seria a das discussões, brigas, agressões verbais e pressão psicológica, que causam o desgaste e a baixa da auto-estima nas mulheres.
Na segunda fase, começa a agressão física em si, com a destruição do próprio lar, e num período geralmente bem mais curto. Porém, muitas vezes é aí que o marido/companheiro, começa a agredir ou abusar dos filhos também.
A última fase é a da “lua-de-mel”, quando ele retorna ao princípio de tudo, sem nenhum tipo de agressão, retirando tudo o quê foi dito ou feito, compra presentes e mantém uma postura gentil, na tentativa de reconquistar a confiança da mulher, e evitar a denúncia. Mas, a seguir, o ciclo recomeça, muitas vezes com mais intensidade.