Pesquisa revela que atividade não está superaquecida, mas, ainda assim, ritmo de expansão nas contratações do setor continua, mesmo de forma moderada.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A produção industrial brasileira perdeu ritmo no segundo trimestre do ano, de acordo com a Sondagem Industrial divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria – CNI.
Em uma escala onde valores acima de 50 pontos indicam crescimento, o indicador de evolução da produção em junho ficou em 51,8 pontos, revelando que atividade manteve-se praticamente estável em relação ao mês anterior. Em maio, o índice havia ficado em 54,9 pontos.
O Uso da Capacidade Instalada – UCI ficou abaixo do usual para o mês de junho. Pela mesma metodologia, o indicador ficou em 48,4 pontos no mês, enquanto em maio havia registrado 50,3 pontos. “O indicador mostra que a atividade industrial não está superaquecida”, afirmam os responsáveis pela pesquisa.
Ainda assim, de acordo com a CNI, a indústria operou com 75% da capacidade instalada no segundo trimestre, um ponto percentual acima do desempenho obtido nos três primeiros meses do ano. Os estoques também continuaram pouco abaixo do planejado pelos empresários em junho, com indicador em 49,2 pontos, considerando o patamar de 50 pontos como o marco de referência. A sondagem industrial foi feita entre os dias 30 de junho e 20 de julho, ouvindo 1.353 empresas.
EMPREGOS – O levantamento mostrou também que o ritmo de expansão nas contratações do setor continuou no segundo trimestre deste ano, mesmo que de forma moderada. Em uma escala em que valores acima de 50 pontos representam crescimento, o indicador do número de empregados na indústria registrou 54,6 pontos entre abril e junho. Nos três primeiros meses do ano, o indicador havia ficado em 55,5 pontos.
Pequenas, médias e grandes empresas aumentaram o número de funcionários no trimestre. Pela análise setorial, apenas as indústria de couro, móveis e madeira reduziram a mão de obra empregada no período. “Os empresários continuam apostando em aumento da demanda, com expectativas altas, à exceção das exportações. Por isso, as companhias devem continuar os investimentos e contratação de trabalhadores, com ritmo menor, mas com crescimento”, avaliou o gerente-executivo de Análise da CNI, Renato da Fonseca.
Informações de Jornal do Comércio
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