Mesmo com as instabilidades no mercado internacional, a indústria calçadista brasileira encerrou o primeiro semestre do ano criando 7,65 mil vagas de trabalho. Desta forma, encerrou em junho com estoque total de 288,2 mil empregos diretos, 3,8% menos do que no mesmo mês de 2023. No recorte de junho, o setor criou 1,12 mil postos de trabalho na atividade.
Os dados foram elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) com base no levantamento do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O presidente-executivo da entidade, Haroldo Ferreira, destaca que o dado reflete uma melhora gradual no mercado doméstico, que absorve mais de 85% das vendas da indústria calçadista.
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“Para o ano, a estimativa é fechar com um incremento produtivo de mais de 2%, para mais de 870 milhões de pares”, projeta. Ainda segundo o dirigente, o grande motor desse crescimento serão as vendas internas, embora revele a expectativa de uma melhora nas exportações ao longo da segunda parte de 2024. Isso se confirmando, por obvio, trará reflexo positivo na geração de empregos.
RS é o maior empregador
O Rio Grande do Sul segue como o principal empregador do setor calçadista nacional. Tendo gerado 1,45 mil empregos no primeiro semestre, a indústria gaúcha encerrou o sexto mês com 85,6 mil empregos na atividade, 3,8% menos do que junho de 2023.
O segundo maior empregador segue sendo o Ceará, que encerrou o semestre com 65,77 mil pessoas empregadas na atividade, 2,1% menos do que no mesmo período do ano passado; com saldo gerado no semestre positivo em 614 postos.
Completando o ranking dos principais empregadores aparece a Bahia, que encerrou o semestre com 39,8 mil empregos gerados, 7,5% menos do que no mesmo intervalo de 2023. Nos seis primeiros meses do ano, o saldo ficou positivo em 60 empregos gerados.
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