Por 30 votos a 17, deputados aprovaram nesta terça-feira parecer contrário à admissibilidade da denúncia que acusava a governadora gaúcha por crime de responsabilidade.
Felipe de Oliveira [email protected]
A governadora Yeda Crusius (PSDB) não corre mais o risco de ser cassada em função das acusações de envolvimento na fraude que desviou R$ 44 milhões do Detran-RS e outros escândalos de corrupção no Rio Grande do Sul.
Nesta terça-feira, dia 20, a Assembléia Legislativa decidiu pelo arquivamento do processo de impeachment contra a governadora. Por 30 votos a 17, os deputados acataram o parecer contrário à admissibilidade emitido pela Comissão Especial que analisava denúncia de crime de responsabilidade protocolada em 09 de julho pelo Fórum dos Servidores Públicos do Estado (FSPE).
Com o arquivamento do processo, Yeda não será sequer investigada. Na Assembléia Legislativa, o processo de impeachment não será instaurado. Também na Justiça não haverá investigação envolvendo a governadora. Semana passada o Tribunal Regional Federal da 4ª Região decidiu excluir seu nome da ação de improbidade administrativa impetrada pelo Ministério Público Federal (MFP) em agosto.
PROTESTOS
O clima foi tenso durante toda a sessão que avaliou o arquivamento ou não do processo de impeachment. As galerias foram ocupadas por apoiadores da governadora, de um lado, e integrantes do FSPE, de outro. Vaias e aplausos permeavam os discursos dos parlamentares que se pronunciaram.
Depois de três horas de debates, a base aliada comemorou o arquivamento cantando o Hino Rio-Grandense. Entre os deputados mais satisfeitos estava a líder do PSDB, Zilá Breitenbach (foto). Nas galerias uma faixa empunhada por simpatizantes de Yeda mostrava a frase “deixem a mulher trabalhar!”.
Apenas os defensores da abertura do processo de impeachment foram à tribuna. “Estamos tentando garantir o direito de investigar os indícios que são flagrantes. Temos evidência clara e concreta de agressão às leis”, defendeu Raul Pont (PT). Já o deputado Marquinho Lang (DEM) entende que a sociedade gaúcha está à espera de respostas por parte do Parlamento sobre as denúncias de corrupção. “Temos a responsabilidade de continuar fiscalizando. Não é momento de parar as investigações. Que os indícios possam se transformar em provas, tanto para responsabilizar quanto para inocentar.”
VEJA COMO VOTARAM OS DEPUTADOS EM RELAÇÃO AO ARQUIVAMENTO:
PARTIDO |
|
PARLAMENTAR |
VOTO |
PT |
|
Adão Villaverde |
Não |
PT |
|
Daniel Bordignon |
Não |
PT |
|
Dionilso Marcon |
Não |
PT |
|
Elvino Bohn Gass |
Não |
PT |
|
Fabiano Pereira |
Não |
PT |
|
Marisa Formolo |
Não |
PT |
|
Raul Pont |
Não |
PT |
|
Ronaldo Zülke |
Não |
PT |
|
Stela Farias |
Não |
PMDB |
|
Alberto Oliveira |
Sim |
PMDB |
|
Alceu Moreira |
Sim |
PMDB |
|
Álvaro Boessio |
Sim |
PMDB |
|
Edson Brum |
Sim |
PMDB |
|
Gilberto Capoani |
Sim |
PMDB |
|
Sandro Boka |
Sim |
PP |
|
Adolfo Brito |
Sim |
PP |
|
Francisco Appio |
Sim |
PP |
|
Frederico Antunes |
Sim |
PP |
|
Jerônimo Goergen |
Sim |
PP |
|
João Fischer |
Sim |
PP |
|
Marco Peixoto |
Sim |
PP |
|
Pedro Westphalen |
Sim |
PP |
|
Silvana Covatti |
Sim |
PSDB |
|
Adilson Troca |
Sim |
PSDB |
|
Coffy Rodrigues |
Sim |
PSDB |
|
Jorge Gobbi |
Sim |
PSDB |
|
Mauro Sparta |
Sim |
PSDB |
|
Nelson Marchezan Jr. |
Sim |
PSDB |
|
Paulo Brum |
Sim |
PSDB |
|
Pedro Pereira |
Sim |
PSDB |
|
Zilá Breitenbach |
Sim |
PDT |
|
Gerson Burmann |
Não |
PDT |
|
Gilmar Sossella |
Não |
PDT |
|
Giovani Cherini |
Sim |
PDT |
|
Kalil Sehbe |
Sim |
PDT |
|
Paulo Azeredo |
Não |
PTB |
|
Abílio dos Santos |
Sim |
PTB |
|
Aloísio Classmann |
Sim |
PTB |
|
Iradir Pietroski |
Sim |
PTB |
|
Luis Augusto Lara |
Sim |
PPS |
|
Luciano Azevedo |
Sim |
PRB |
|
Carlos Gomes |
Sim |
DEM |
|
Marquinho Lang |
Não |
DEM |
|
Paulo Borges |
Não |
PSB |
|
Heitor Schuch |
Não |
PSB |
|
Miki Breier |
Não |
PCdoB |
|
Raul Carrion |
Não |
Com informações da Agência de Notícias ALRS
FOTO: Marco Couto/Agência de Fotos ALRS