Familiares das vítimas da tragédia do vôo JJ 3054 vivem novo martírio à espera do reconhecimento dos corpos
Passados dois dias de comoção nacional pela tragédia com o vôo JJ 3054 da TAM, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, as famílias das vítimas agora vivem novo martírio ao aguardar pela identificação dos corpos.
Deixe uma mensagem de fé às vítimas
Morte de Redecker provoca comoção
A esposa do deputado federal Júlio César Redecker, Salete Bello Redecker, está em São Paulo com a filha mais velha, Mariana, aguardando o reconhecimento do corpo. Há a confirmação de que o velório será realizado no Palácio Piratini, em Porto Alegre, e o sepultamento ocorrerá em Novo Hamburgo.
Segundo o jornalista Mário Selbach, que trabalhava como assessor de comunicação de Redecker, ainda não há previsão de quantos dias o processo poderá levar. “Nesta hora de dor, resta-nos aguardar e agradecer as manifestações de carinho endereçadas à família e colaboradores por amigos, eleitores e admiradores de nosso deputado”, diz.
Das 188 vítimas já confirmadas na tragédia, a maior da aviação nacional, 173 corpos chegaram ao Instituto Médico-Legal (IML) de São Paulo. Do total, 168 foram cadastrados e 69 necropsiados.
Na tarde desta quinta-feira, os médicos legistas Ugo Frugoli e Carlos Alberto Coelho, que trabalham na identificação das vítimas da tragédia, descartaram as chances de haver reconhecimento visual dos corpos, em razão do impacto do acidente e do incêndio. Frugoli disse que todos os corpos estão “carbonizados e muito destruídos”.
Os legistas não confirmaram se o DNA será o recurso utilizado para identificar as vítimas. Se for esta a opção, o reconhecimento dos corpos será muito mais demorado. Outra afirmação dos legistas da conta de que, como os corpos foram expostos ao calor (que teria chegado a mil graus), cria-se uma dificuldade para utilização deste método. A técnica mais utilizada pelos legistas ainda é a comparação da arcada dentária.