??Escritor fará sessões do projeto Leituras Feevale Contos da Vida Breve 2011 em Buenos Aires e até no “velho continente”. Reitor da universidade fala sobre a iniciativa. .
Felipe de Oliveira [email protected] (Siga no Twitter)
Levar a literatura a todos os cantos sempre foi objetivo de Henrique Schneider com o Leituras Feevale Contos da Vida Breve (foto).
Até aí, nenhuma novidade. Só que em 2011 o projeto chega à 5ª edição com o escritor levando a máxima mais a sério do que nunca: o roteiro prevê três sessões no exterior; uma em Buenos Aires e duas na Europa.
A representatividade de um projeto que chega ao seu quinto ano, explica Schneider, justifica a idéia de romper fronteiras. “A literatura não tem pátria”, defende o escritor. Em edições anteriores, ele já leus seus contos na Argentina e em Montevidéu, no Uruguai, além de cidades brasileiras como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba e Florianópolis. Circulou também por todo o interior do Rio Grande do Sul.
Em 2011, o roteiro se concentra nos Pampas e no exterior. Não tem leituras em outros Estados. Segundo Henrique Schneider, é uma forma de dar novos ares ao projeto. O que não muda é a principal aposta para o sucesso da iniciativa, pioneira no Brasil: a simplicidade. “Quem não sabe muito bem do que se trata, acaba saindo muito bem impressionado”, avalia.
São leituras ao vivo de alguns dos mais de 400 contos publicados desde 2003 no jornal ABC Domingo, do Grupo Sinos, que circula no Vale do Sinos e Região Metropolitana de Porto Alegre. A coluna leva o nome de Vida Breve. Ainda não estão definidas as cidades que receberão o roteiro esse ano, mas serão 14, provavelmente.
AS LEITURAS – Durante pouco mais de 50 minutos, Henrique Schneider lê e interpreta cerca de 12 contos. Crônicas que abordam temas do cotidiano, sempre com bom humor e sensibilidade. O escritor hamburguense costuma chamar os momentos de “aperitivos para a leitura”, quase uma isca que atrai o gosto pela literatura.
É uma parceria em que todos
ganham, diz reitor da Feevale
Desde as primeiras leituras, em 2007, a Universidade Feevale é a patrocinadora. A confirmação da renovação da parceria para a 5ª edição ocorreu no mês abril.
O Portal novohamburgo.org foi então atrás do reitor, Ramon Fernando da Cunha (foto), para saber o que leva a instituição a investir no projeto. Um bate-papo descontraído que aborda também a importância da cultura e os planos para o futuro.
novohamburgo.org Como a Feevale avalia a importância de patrocinar um projeto promovido por um escritor de Novo Hamburgo que leva o nome da cidade e da instituição para o Brasil e até ao exterior?
Ramon Cunha A Universidade Feevale é uma Instituição que foi constituída pela iniciativa da comunidade regional e a ela volta seus esforços. Mesmo consciente do compromisso com a universalidade do conhecimento, a Instituição assume as demandas regionais como objeto de sua ação. E é nesse sentido que avaliamos a importância do patrocínio que se transforma numa parceria, e como tal simbiótica: a Feevale apoia um escritor talentoso da nossa região como Henrique Schneider que, por sua vez, divulga de forma associada o nome da Instituição.
novohamburgo.org Porque a Feevale decidiu investir nesse projeto a ponto de chegar à quinta edição?
Ramon Cunha A decisão de investir no projeto se deu pela perspectiva da parceria ser do tipo em que todos ganham. Tanto a comunidade, a partir da aproximação com os contos e diversas representações da cultura; o escritor, ao ter a oportunidade de mostrar o seu trabalho; e a Instituição ao ter o seu nome vinculado a ações que desenvolvem o conhecimento.
novohamburgo.org Como se explica, na sua avaliação, a relação entre universidade e cultura?
Ramon Cunha A Universidade Feevale está assentada em três pilares: ser comunitária, inovadora e comprometida com o desenvolvimento regional. Quando falamos em desenvolvimento regional queremos dizer que além do aspecto econômico, estamos também comprometidos com o desenvolvimento tecnológico, social e cultural além da educação, claro. Assim a relação da Universidade com a Cultura é intensa e plena.
novohamburgo.org Sobre a edição 2011 do projeto, o que o senhor acha das primeiras leituras na Europa? O que isso representa para a Feevale?
Ramon Cunha A Feevale tem hoje parcerias em 15 países. Recebemos alunos de diversas partes do mundo e nossos alunos também estudam em universidades no exterior através de nossos programas de intercâmbio. O projeto Leituras Feevale Contos da Vida Breve na Europa contribuirá, pelo talento do Henrique, para maior divulgação da Instituição.
novohamburgo.org Quais são os próximos projetos da Feevale para a cultura?
Ramon Cunha O grande projeto desse ano é a conclusão e inauguração do Teatro Feevale. A necessidade de um espaço maior para nossas atividades acadêmicas levou à discussão da construção de um ambiente maior do que o nosso Salão de Atos com a capacidade de pouco mais de 500 lugares. Após muitas discussões internas, a Aspeur (mantenedora da Feevale) entendeu que um espaço com maior capacidade de público deveria também estar dotado de recursos e equipamentos que pudessem receber grandes espetáculos. Surgiu assim, o projeto de um Teatro de 10.000 m² podendo receber 1.805 espectadores, com os mais modernos mecanismos cênicos, capaz de incluir o Vale do Rio dos Sinos no roteiro das grandes produções nacionais e internacionais.
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Com informações de VERSÃO FINAL Comunicação – [email protected]
FOTOS: reprodução / HenriqueSchneider.com