A Polícia Civil deflagrou, nesta quinta-feira (19), a 8ª fase da Operação Caritas, que investiga corrupção em parte do poder público da cidade. Em grande operação policial, foram cumpridas simultaneamente 180 medidas judiciais, incluindo-se prisão preventiva, 2 afastamentos cautelares de servidores públicos pelo prazo de 120 dias e sem remuneração, 4 afastamentos cautelares de servidores públicos por 60 dias sem remuneração, 40 mandados de busca e apreensão, 111 quebras de sigilo, 7 apreensão de veículos e uma restrição de venda a imóvel.
A 8ª fase da Operação Caritas tem 27 alvos, incluindo o secretário do Meio Ambiente Jackson Müller. Ele, que é secretário do Meio Ambiente de Canela, foi preso preventivamente. Müller foi secretário do Meio Ambiente de Novo Hamburgo, e ficou conhecido após o crime de mortandade dos peixes pela Ultresa, no Rio dos Sinos, em 2006, onde atuou de forma convicta.
Após a prisão, a reportagem recebeu contato de Ricardo Cantergi, advogado de Defesa de Müller. Ele enviou a seguinte nota a reportagem: “Entendemos que a prisão preventiva imposta ao Secretário é desproporcional, na medida em que este já foi afastado de suas atribuições como secretário, seus bens já foram apreendidos e todas suas contas bloqueadas.
Frisamos que o Secretário está colaborando com a investigação que encontra-se em andamento, com a certeza que ao final será inocentado.”
A operação policial integra a Operação Caritas, investigação da Delegacia de Polícia Civil de Canela, que se concentra nesta 8ª fase em apurar crimes ocorridos no âmbito da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Canela. São apuradas denúncias de que empresas pertencentes ou ligadas a servidores públicos (CCs) do alto escalão da pasta e seus sócios seriam indicadas a munícipes e empresários da cidade que buscavam licenciar grandes empreendimentos em Canela. Caso o munícipe ou empresário não contratasse a empresa ligada aos servidores, tinha inviabilizada ou postergada a possibilidade de obtenção da licença ambiental pretendida.
