Polícia Federal vai intensificar combate a crimes via internet. Proposta faz parte do planejamento estratégico para os próximos anos
A Polícia Federal pretende criar uma coordenação-geral para fortalecer o combate a crimes cibernéticos. A seção seria ligada a diretoria-executiva e ampliaria a capacidade de investigação em uma área que cresce os delitos e demanda cada vez mais especialização.
A iniciativa consta do planejamento estratégico da Polícia Federal, aprovado pelo diretor-geral, Luiz Fernando Correa, que será entregue ao ministro da Justiça, Tarso Genro, no final deste mês, quando a PF comemora 64 anos de sua criação.
Hoje os crimes cibernéticos são uma divisão da Polícia Fazendária, que atua na área financeira. Os crimes na internet, no entanto, estão espalhados em diversas áreas, desde pedofilia, falsidade, além de atos contra a rede bancária e órgãos públicos. Na avaliação da PF, dar independência do órgão, ficando ligada ao atual diretor-executivo, Romero Luciano de Menezes, tornaria mais eficaz a atuação dos policiais.
Para que se crie a Coordenação-Geral de Crimes Cibernéticos é preciso que o Ministério do Planejamento aprove a proposta. É a pasta que coordenará a contratação de novos policiais e dará aval orçamentário e estrutural ao órgão.
Não à pedofilia
O governo deve lançar também um programa de combate à pornografia infantil na internet. “Esse ano provavelmente vai sair o plano de enfrentamento à pornografia infantil na internet. O plano tem como mote não só atuar na área de repressão, mas também na área de prevenção e até mesmo atenção à vítima”, disse Felipe Tavares Seixas, chefe da divisão de Direitos Humanos da PF.
Ele coordenou a investigação que culminou na prisão de um homem de 45 anos acusado de divulgar material pedófilo na internet usando computadores públicos. O acusado foi preso em flagrante na sexta-feira (7) usando um computador público disponível na biblioteca do Ministério do Planejamento.