Eduardo Leite detalhou números sobre infraestrutura, saúde, educação e segurança no encontro Prato Principal
Em 2024, o governo do RS registrou R$ 6,4 bilhões em investimentos, o que representa 10,7% da receita corrente líquida (RCL), índice considerado o maior dos últimos 25 anos. No setor de inovação, o orçamento da área alcançou R$ 760 milhões entre 2021 e 2025. Segundo ranking do CLP (Centro de Liderança Pública), o Estado ocupa a primeira posição nacional em inovação e patentes.
Esses números foram apresentados pelo governador Eduardo Leite durante o evento Prato Principal, realizado nesta sexta-feira (29), no Centro de Eventos do Swan, em Novo Hamburgo. A palestra teve como tema “Rio Grande do Sul do Futuro: Transformação, Reconstrução e Desenvolvimento”.
Parcerias e infraestrutura do Governo do RS
O governo informou que parcerias com a iniciativa privada somam R$ 46 bilhões em investimentos já confirmados por meio de privatizações e concessões, além de R$ 26 bilhões estimados para projetos futuros. Na área de infraestrutura, estão previstos R$ 4,5 bilhões para rodovias entre 2019 e 2025, incluindo a duplicação da ERS-118, com custo estimado em R$ 274,9 milhões, e outras obras consideradas estratégicas.
Saúde, segurança e educação
Na saúde, o programa Avançar destinou R$ 1,16 bilhão, com previsão de mais R$ 1 bilhão adicional até 2026, para modernização hospitalar e aquisição de equipamentos. Na segurança pública, o governo aponta uma redução de 48% nos crimes violentos letais intencionais desde 2017. Em 2024, segundo dados oficiais, o Estado registrou o menor índice de violência da série histórica e ocupa atualmente a terceira posição no ranking nacional de segurança.
Na educação, houve expansão do Ensino Médio em Tempo Integral: o índice passou de 1% em 2022 para 27% em 2025, com previsão de alcançar 50% em 2026.
Plano Rio Grande e reconstrução pós-enchentes
Após as enchentes de 2024, o governo lançou o Plano Rio Grande, que prevê mais de R$ 9 bilhões em investimentos voltados para logística, transporte, habitação, segurança e recuperação ambiental. O objetivo, segundo o Executivo estadual, é garantir resiliência e desenvolvimento sustentável.
Investimentos no Vale do Sinos
Durante a apresentação, também foram destacados os recursos destinados à região do Vale do Sinos. Por meio do COREDE Vale do Rio dos Sinos, foram liberados R$ 25,7 milhões para 15 convênios em 11 municípios. Em Novo Hamburgo, R$ 4 milhões foram aplicados em obras de revitalização de ruas como Bento Gonçalves, Simões Lopes e na Vila Palmeira.
Na área da saúde, o Hospital Municipal de Novo Hamburgo recebeu R$ 15,7 milhões, sendo R$ 10,6 milhões para a conclusão do Anexo II, R$ 2,5 milhões para a ampliação do Centro de Parto Normal e o restante para reformas.
Na educação, a região concentra 22 escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, com 1.481 matrículas, e recebeu R$ 54 milhões em obras escolares, incluindo melhorias no Colégio Wolfram Metzler (R$ 1,5 milhão), Escola Madre Benicia (R$ 1,97 milhão) e EEEF Santo Afonso (R$ 2,16 milhões). Também foram entregues 35 novas viaturas para o Corpo de Bombeiros e realizados investimentos na ERS-118.
Ações da ACI e pautas empresariais
O evento também destacou a atuação da Associação Comercial, Industrial e de Serviços (ACI) de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha. O presidente Robinson Klein citou ações recentes da entidade, especialmente em relação ao impacto do aumento de tarifas imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.
No início do mês, uma comitiva da ACI se reuniu com o cônsul-geral dos Estados Unidos em Porto Alegre, Jason Green, para apresentar estudos sobre os prejuízos da medida e buscar diálogo. Além disso, a entidade enviou correspondência ao vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, pedindo medidas para mitigar os impactos.
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