Deputado petista chega ao posto 20 anos depois do último conterrâneo, Ibsen Pinheiro (PMDB), ser eleito para a função.
Felipe de Oliveira [email protected] (Siga no Twitter)
Lá se vão 20 anos e o Rio Grande do Sul volta a ter um deputado federal eleito presidente da Câmara.
Marco Maia (foto), do Partido dos Trabalhadores, é o escolhido pelos colegas para exercer o cargo nos próximos dois anos. O pleito foi na noite desta terça-feira, 01 de fevereiro. O último gaúcho na função havia sido Ibsen Pinheiro (PMDB), entre 1991 e 1993.
Leia Mais
Veja detalhes do mandato do gaúcho Marco Maia (PT)
Maia era vice do peemedebista Michel Temer, atual Vice-presidente da República, no mandato anterior. Exercia a função de titular desde que Temer se afastou para a campanha eleitoral, em 2010, e em seguida chegou ao Palácio do Planalto com a presidente Dilma Rousseff (PT). A eleição desta terça teve outros três candidatos: Sandro Mabel (PR-GO); Jair Bolsonaro (PP-RJ); e Chico Alencar (PSOL-RJ).
Votaram 509 dos 513 deputados. O novo presidente recebeu 375 votos; Mabel, 106; Alencar, 16; e Bolsonaro, nove. Houve três votos em branco e nenhum nulo. Para se eleger sem necessidade de um segundo turno, era preciso maioria simples dos votos entre os deputados presentes à sessão – pelo menos metade mais um: 255.
Povo terá orgulho
dos deputados
No discurso da vitória, Marco Maia foi confiante. “Não tenho dúvidas de que vamos produzir uma boa pauta para que o povo brasileiro possa se orgulhar dos deputados que elegeu.”
Candidato do Planalto, Maia concorreu com o apoio de 21 dos 22 partidos com representação na Câmara. Mabel e Bolsonaro lançaram candidaturas avulsas contra a determinação de suas siglas de apoiar o petista e Chico Alencar concorreu com o apoio apenas do próprio partido.
Além do novo presidente, os parlamentares escolheram ainda os demais integrantes da Mesa Diretora. Rose de Freitas (PMDB-ES) é a primeira mulher a ocupar uma vaga na direção da Casa, informa a assessoria de imprensa.
Os deputados tinham 11 nomes para escolher entre os cargos em disputa – o presidente da Câmara, dois vice-presidentes, quatro secretários e quatro suplentes. Para a votação, que foi secreta, foram utilizadas sete urnas eletrônicas. O número reduzido de urnas e a quantidade de nomes para os cargos foram apontados como motivos para a eleição ter levado mais de três horas.
Dos cargos em disputa, apenas a segunda secretaria teve mais de um candidato, ambos do mesmo partido: Eduardo da Fonte (PP-PE) e Rebecca Garcia (PP-AM). A deputada disse que se lançou ao cargo por discordar da forma como seu partido escolheu o nome de Fonte, sem eleição interna.
Com informações de G1
FOTO: José Cruz / Agência Brasil