Indiciados deverão responder por corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, crimes ambientais e lavagem de dinheiro, de acordo com a participação individual de cada envolvido.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Segundo a Polícia Federal – PF, 22 pessoas serão indiciadas por envolvimento na rede de corrupção investigada por crimes ambientais no Rio Grande do Sul. As autoridades informaram nesta sexta-feira, dia três de maio, que além dos 18 presos na operação Concutare, outras quatro pessoas serão indiciadas.
Os 18 presos na operação, sendo que cinco já formam soltos, prestaram depoimento na Superintendência da Polícia Federal – STF. Quatro foram convocados a depor novamente, três o fizeram e o quarto falará com investigadores. E ainda, seis pessoas de uma lista de 100 que vão ser intimadas devem ser ouvidas nesta sexta-feira.
Alguns dos advogados dos acusados detidos estão na Superintendência da PF à espera de que seus clientes sejam soltos, uma vez que se encerra nesta sexta-feira o prazo do pedido de prisão temporária (que pode ser prorrogado por mais cinco dias).
A fraude
O esquema de venda de licenças ambientais envolvia servidores públicos, empresários, consultores e despachantes. Entre os empreendimentos que foram beneficiados estão empresas da construção civil e de exploração de minério.
Segundo o delegado Thiago Delabary, os empresários contratavam o serviço de despachantes ou consultores que recorriam a servidores públicos para obter a liberação das licenças. Em pelo menos um dos casos, uma licença que iria levar cerca de um mês para ser emitida foi liberada em uma única tarde.
Foram averiguados casos nos em que os servidores ofereciam a liberação de licenças para os empresários. A polícia acredita que entre 30 e 40 empreendimentos podem ter sido favorecidos através esquema na capital gaúcha e no litoral norte do Rio Grande do Sul
As buscas foram realizadas no Departamento Nacional de Produção Mineral, secretaria Estadual do Meio Ambiente, Secretaria Municipal do Meio Ambiente, e na Fundação Estadual de Proteção Ambiental. A investigação, que durou cerca de um ano, está sob sigilo de Justiça.
Informações de Correio do Povo
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