Ao falar sobre a rejeição da CPMF, prefeito diz que governo tem arrecadação suficiente para não aumentar impostos
Para o prefeito de Novo Hamburgo, Jair Foscarini, o Governo Federal deve fechar 2007 arrecadando 60 bilhões a mais, o que é muito mais que os 40 bilhões que estavam previstos pela CPMF. Por isto, ele afirma que é possível administrar sem o tributo. Jair foi convidado pelo novohamburgo.org a opinar sobre a rejeição da prorrogação da CPMF.
O prefeito pensa ser igualmente importante que o governo fique alerta para as conseqüências que planeja em função dessa derrota. Segundo ele, fala-se em reajustar impostos, mas é preciso estar atento para não prejudicar nenhum setor produtivo, penalizando ainda mais a produção.
Foscarini também diz temer pelo setor calçadista que já foi prejudicado por diversas medidas que oneraram a fabricação e exportação de calçados. “Sabe-se que uma medida compensatória do governo seria o aumento do imposto sobre importação. Se a saída é aumentar esse tipo de imposto, neste caso defendo que seja sobre o do calçado, pois estaríamos protegendo nossa produção e impedindo que sapatos feitos fora do Brasil entrem a custo baixo aqui, competindo, de forma injusta, com o que é feito por nossos empresários e trabalhadores”, opina.
Para o prefeito de Novo Hamburgo, não dá para aceitar aumentos sobre gêneros básicos, como o trigo, por exemplo. Jair entende que seria uma medida injusta que acabaria refletindo no preço do pão, que é o alimento básico da população.
“Quanto ao reflexo dessa derrota do governo aqui na cidade, só podemos dizer que Novo Hamburgo não depende da CPMF e que nossa área de saúde é mantida às custas do dinheiro municipal. Por uma diária no Hospital, por exemplo, o SUS nos paga 10 reais para custear remédios, médicos, enfermeiros, luz, água, hotelaria e tudo o mais. É lógico que não dá para pagar tudo isso e a diferença quem paga é a prefeitura que está injetando mensalmente mais de um milhão e meio de reais no hospital municipal. Direcionamos 27% da arrecadação para a área de saúde e a CPMF não tem ajudado a cidade”, conclui Jair.