Presidente municipal do Partido Progressista acredita em acordo entre a sigla e a governadora
O presidente municipal do Partido Progressista (PP), Gilvan Fontoura, quer a sigla na base aliada da governadora Yeda Crusius (PSDB). Em entrevista ao novohamburgo.org, ele ressaltou falar em seu nome, e não do diretório hamburguense, mas se posicionou contrário à atitude dos deputados progressistas que votaram contra o pacote da governadora, na quarta-feira passada.
Na Assembléia, o PP foi atacado como o responsável por ocorrer a votação do pacote, já que a base aliada tentou esvaziar o plenário para adiar a análise do projeto. No entanto, progressistas não deixaram seus lugares e ainda votaram “não” ao projeto, contrariando a indicação da governadora à chamada base aliada.
Na expectativa da decisão do PP sobre ficar ou não junto ao governo, Gilvan Fontoura julgou como precipitada a atitude dos deputados do partido. O líder partidário pensa que os parlamentares gaúchos do PP deveriam ter dado a semana de prazo solicitado pela governadora.
“Penso que o partido deverá continuar na base governista e a suspensão de uma reunião da sigla que estava agendada para hoje é um claro sinal de entendimento parlamentar com a base governista”, adianta Fontoura.
O líder municipal diz que o partido ocupa espaço na Secretaria de Ciência e Tecnologia e na presidência do IPE, mas que mesmo assim a sigla lamenta que a governadora Yeda Crusius não dá a devida atenção a tais áreas de atuação. “Como a governadora não pode comandar o Estado só, deve estar propondo algum acordo para ouvir mais o partido. Em contrapartida, deverá orientar o PP para que da próxima vez não faça nenhum rompimento abrupto e procure manter as bases de negociação com o Executivo”, observa.
Fontoura acredita que, a exemplo do PP, o PTB também está na mesma situação dentro de cenário estadual. “Acho que falta um pouco de experiência à governadora Yeda, considerando que ela sempre atuou no Legislativo e este é seu primeiro mandato dentro do Executivo gaúcho”, pontua.
Yeda quer diálogo
Durante a tarde desta segunda-feira, Yeda Crusius admitiu a intenção de chegar a um acordo com a sigla. “Eu vou chamar o PP para conversar. Vou chamar cada partido. Não é apenas uma obrigação, mas um gosto de voltar a conversar com os partidos políticos. Aqueles que eu chamei e não foram, serão chamados outra vez”, declarou.