A missa e o velório do ex-ditador chileno Augusto Pinochet, que ocorria na Escola Militar Lucía Hiriart, encerrou-se em torno das 14 horas de Brasília. O ditador recebeu condolências de uma série de convidados, políticos e autoridades do regime militar.
Uma bandeira do Chile foi colocada sobre o caixão junto ao sabre de Pinochet, conforme estabelece o regulamento do Exército chileno quando um comandante ou ex-comandante-em-chefe falece. Em silêncio, simpatizantes e curiosos desfilaram de forma lenta, mas incessante diante do caixão. O rosto de Pinochet estava à mostra, protegido apenas por um vidro.
Entre o público estava Luz Gajardo, uma partidária fervorosa do ex-ditador que ficou conhecida nos dias em que Pinochet esteve no hospital militar, onde foi detida pelo menos duas vezes por agredir jornalistas ou transeuntes que não partilhavam suas idéias. Apaziguada, a simpatizante de Pinochet pediu o fim do ódio entre os chilenos após passar pelo féretro.
No entanto, sua personalidade a traiu pouco depois nos arredores da Escola, quando foi de novo detida após ser surpreendida enquanto destruía com um pedaço de ferro as janelas e outros elementos de um edifício em construção. “Fomos provocados, nos lançaram pedaços de cimento lá de cima, não toleraremos nenhuma provocação”, exclamou Luz Gajardo ao ser conduzida a um quartel policial.