Até então, apenas relatos verbais davam conta da presença do ex-deputado no Centro de Operações de Defesa Interna, no Rio de Janeiro.
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A filha do ex-deputado Rubens Paiva, a psicóloga Maria Beatriz Paiva Keller (foto), 52 anos, recebeu na tarde desta terça-feira, dia 27, uma cópia do registro oficial da prisão do pai dela.
Paiva foi preso no Centro de Operações de Defesa Interna – DOI-Codi, no Rio de Janeiro, em 1971, época da ditadura militar (1964-1985). O documento (foto abaixo) é histórico porque confirma a entrada de Paiva no quartel onde foi torturado e, possivelmente, morto. Até então, existiam apenas relatos verbais da presença do político e empresário no DOI-Codi.
Documentos e pertences pessoais de Rubens Paiva, como os 14 livros que carregava e os dois cadernos de anotações, estão na lista entregue a Maria Beatriz. Também constam os valores que portava e os 260 cruzeiros que tinha. O documento fazia parte do arquivo pessoal do coronel da reserva Julio Molinas Dias, 78 anos, assassinado a tiros, em Porto Alegre, em uma possível tentativa de assalto na noite de 1º de novembro.
O corpo de Paiva jamais apareceu. Na época, o Exército chegou a divulgar uma nota informando que o deputado teria sido resgatado por um grupo guerrilheiro de esquerda durante a transferência dele entre quartéis no Rio.
Veja o documento abaixo:
Informações de Zero Hora
FOTO: Mauro Vieira / Agência RBS

