Prefeitos da Amvag alertam para risco de colapso e cobram ação do Estado diante da demanda reprimida
Situação crítica na saúde pública estadual
A fila de espera por consultas especializadas e exames de responsabilidade do governo do Rio Grande do Sul já soma quase 40 mil atendimentos, segundo levantamento da Associação dos Municípios do Vale Germânico (Amvag). O dado engloba apenas quatro especialidades médicas e três tipos de exames, revelando um cenário preocupante que tende a se agravar com o aumento das doenças de inverno.
Casos que se acumulam sem previsão de atendimento
Histórias dramáticas ilustram a crise: pacientes que fraturam o ombro e não encontram atendimento, crianças diagnosticadas com câncer aguardando há meses a primeira consulta com oncologista e pessoas com hérnia de disco sofrendo dores constantes sem previsão para tratamento.
“Os prefeitos estão desesperados, pois sofremos junto com nossa comunidade. Não temos como esperar inertes para que as coisas melhorem”, declarou Gaspar Behne, presidente da Amvag.
Especialidades e exames mais afetados
A maior demanda está nas áreas de oftalmologia e otorrinolaringologia, com 13,5 mil e 4,5 mil pacientes na fila, respectivamente. Neurologia soma mais de 4 mil casos, sendo 1,3 mil crianças, enquanto traumatologia/ortopedia completa o grupo das especialidades mais sobrecarregadas.
Nos exames, a ressonância magnética lidera a fila com quase 10 mil solicitações, seguida por mamografia (mais de 2 mil) e tomografia, totalizando cerca de 14 mil pacientes aguardando diagnóstico.
Reação dos municípios
Na reunião da última quarta-feira, prefeitos da Amvag compartilharam preocupação com a falta de resposta do Estado e o impacto direto na população. Eles afirmam conhecer praticamente todos os casos graves de suas cidades e temem que o cenário piore nos próximos meses.
A associação busca uma audiência com a Secretaria Estadual de Saúde para apresentar os números e pressionar por soluções imediatas.
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