Dados da Fiergs são relativos a novembro, mas não alteram cenário negativo do setor no Estado em 2006
A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) divulgou nesta terça-feira dados relativos ao crescimento do setor no mês de novembro de 2006, em comparação ao mesmo período de 2005.
O Índice de Desempenho Industrial do Rio Grande do Sul (IDI-RS), medido pela Fiergs, cresceu 2% em novembro. Foi o segundo mês consecutivo de crescimento, depois de 19 meses de queda, influenciado pelas compras (12,5%) e pela utilização da capacidade instalada (2,7%). As demais variáveis foram negativas: vendas (-7,2%), horas trabalhadas (-2,4%) e pessoal ocupado (-0,4%).
Apesar desse resultado, no acumulado de janeiro a novembro de 2006 em relação a igual período de 2005, o IDI-RS ainda apresentou queda de 5%.
‘O resultado de novembro tira de 2006 o recorde de desempenho negativo, que agora passa a ser do ano de 2005’, comenta o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Paulo. Ele lembra que a melhora se dá, principalmente, graças à base de comparação baixa daquele ano.
Todas as variáveis do IDI estão negativas no acumulado do ano: compras: (-6,3%), vendas (-7,9%), pessoal ocupado (-3,7%), horas trabalhadas (-6%) e utilização da capacidade instalada (-0,2%).
Segundo a Fiergs, os motivos do cenário restritivo em 2006 já são conhecidos, com destaque para a taxa de câmbio. O índice de difusão no acumulado de janeiro a novembro está em 45,8%, o que significa que 54,2% das empresas pesquisadas ainda apresentam queda nas vendas. Este resultado em novembro de 2005 era de 70%.
‘O índice de difusão sugere que, apesar das vendas estarem negativas em relação ao período de janeiro a novembro de 2005, estão menos disseminadas, mostrando que as empresas começam uma lenta recuperação’, afirma Tigre.
Desempenho dos setores
Com relação aos setores no acumulado de 2006, os desempenhos mais negativos são de máquinas e equipamentos (-10,6%), couros e calçados (-8,2%), alimentos e bebidas (-6,4%) e fumo, todos exportadores.
Os setores que registraram os melhores desempenhos positivos têm vínculo com o mercado interno. São eles: têxtil (10,7%), material eletrônico (13,1%), borracha (5,1%) e química (0,9%).
O emprego na indústria atinge -3,7% de janeiro a novembro de 2006, sendo que os segmentos couro e calçados, metal-mecânico, móveis e fumo registram os índices mais negativos. Fonte: Fiergs