VEJA VÍDEO! Vítimas acreditam que houve vazamento de gás por conta do cheiro forte no local. Segundo um jornaleiro, um cigarro pode ter ocasionado a explosão.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A explosão que aconteceu em uma lanchonete carioca nesta quinta-feira, dia 13, deixou três mortos e 17 feridos, mas três feridos em estado grave. Já nesta sexta-feira, 14, pela manhã uma empreiteira contratada pela Prefeitura já começaram os trabalhos de retirada dos escombros no local. Até agora, 12 pessoas já prestaram depoimento a Polícia.
Quatro vítimas continuam internadas em hospitais da rede pública do Rio de Janeiro, mas o dono do restaurante, Carlos Rogério Amaral, já recebeu alta. Ele deu entrada no Hospital Quinta D´Or, em São Cristóvão, na Zona Norte, quando soube do acidente, pois ficou em estado de choque e desmaiou. Com o aumento da pressão arterial, Carlos recebeu sedativos e acompanhamento psicológico.
Algumas testemunhas da explosão, 12 delas, prestaram depoimento ao delegado da 5ª DP, Antônio Bonfim. O jornaleiro Jorge Luis Rosa Leal deu um dos depoimentos que mais contribuiu para a Polícia até agora. Segundo ele, dois funcionários reclamaram com ele o cheiro estava insuportável e afirmaram que o gás estaria vazando desde terça-feira, 11. Ambos os funcionários morreram no local.
Jorge Luis ainda conta que um funcionário que trabalhava como chef de cozinha, chamado Severino Antônio, estava tentando ligar para o dono do estabelecimento para avisar sobre o cheiro do gás. Quando outra funcionária da lanchonete, Michele Medeiros dos Santos, chegou ao local, Antônio a aconselhou a não entrar no restaurante. Michele saiu ilesa à explosão, pois foi a um prédio ao lado do estabelecimento entregar uma mochila.
Segundo o delegado, o jornaleiro acredita que um cigarro possa ter causado a explosão, pois vendeu um cigarro dois funcionários, que em seguida, entraram no prédio. Logo após os dois funcionários entrarem com o cigarro no prédio, o jornaleiro Jorge Luis ouviu a explosão. Já o Corpo de Bombeiros e a Polícia afirmam que a lanchonete não tinha autorização para utilizar o gás combustível.
De acordo com as autoridades, o estabelecimento também não tinha os equipamentos necessários para utilizar o gás. “A edificação não foi aprovada para utilização de gás combustível, seja sob a forma de cilindros de GLP ou canalizado de rua, não sendo admitido abastecimento de qualquer tipo de gás combustível sem prévia autorização. Desde 1961, a Companhia Distribuidora de Gás do Rio – CEG, não fornece gás canalizado para o prédio”, diz nota dos Bombeiros e da CEG.
Por conta do vazamento de gás combustível, que ainda não estava autorizado pela Polícia, e explosão em seguida, o dono de restaurante deve ser responsabilizado. “Tem uma série de crimes, até o próprio homicídio por dolo eventual, se ele tinha consciência de uma situação dessa natureza e não tomou medida nenhuma”, afirmou o delegado. Agora as investigações vão verificar porque a explosão seria responsabilidade do dono ou se havia mais alguém envolvido. Confira vídeo:
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Informações de portal G1
FOTO: reprodução / AFP