O encerramento do Festival Internacional de Música (FeMusik) de Novo Hamburgo foi marcado pela homenagem ao Bicentenário da Imigração Alemã e, também, aos 200 anos da criação da 9ª Sinfonia de Beethoven. O evento lotou o Teatro Feevale no domingo (28).
Na edição comemorativa ao Bicentenário, o FeMusik valorizou as origens alemãs em diversas ocasiões. Na abertura, ao reproduzir músicas de compositores alemães na primeira parte; na palestra “A vida musical em Novo Hamburgo desde a colonização”; na noite de Encontro de Corais; no Concerto de Gala, dia 25 de julho, celebrando o aniversário da colonização; e no Concerto de Encerramento, com a peça 9ª Sinfonia de Beethoven.
Ao todo, o FeMusik teve 24 atrações, 153 músicos e 218 cantores envolvidos nas oito noites de apresentação, e teve Linus Lerner como maestro do espetáculo e diretor artístico.
LEIA TAMBÉM: Fábrica de Ivoti faz casas provisórias aos atingidos nas enchentes
Presente no Concerto de Encerramento com expectativa “nas alturas”, Mariana Werlang diz que a peça superou “com facilidade” o que ela esperava. “Nunca assisti a 9ª Sinfonia ao vivo, nem cantada com coral. Foram apenas vídeos de concertos de orquestras. Então, presenciar o que aconteceu no Teatro Feevale [domingo], me deixou em transe. É um sentimento difícil de superar, algo que realmente só a música consegue expressar”, relata.
A apresentação final teve a participação de mais de 110 cantores, com os corais da PUC-RS, Ufrgs e Madrigal Presto, além de 60 músicos da Orquestra Sinfônica do FeMusik. O momento ainda contou com os solistas Elisa Machado, Luciane Bottona, Flavio Leite e Daniel Germano. A reprodução foi histórica, sendo a primeira sinfonia a ter coro, vozes e solistas junto aos instrumentos.
A prefeita Fátima Daudt destacou que o evento marcou o Bicentenário da Imigração à altura da data histórica e que cultura sempre faz bem para a sociedade. O secretário municipal de Cultura, Ralfe Cardoso, citou que a pasta vem desenvolvendo uma série de iniciativas que colocam Novo Hamburgo no eixo de muitas ações culturais do país inteiro, da América Latina e passa a ser referência internacional – e o Festival Internacional de Música é uma mostra definitiva disso. Ele também cita que a plateia lotando o teatro, que é o maior do Estado, é a mostra viva de que essa cidade escolheu o caminho e que a cultura é transformadora.
LEIA TAMBÉM: Os legados deixados por imigrantes que atravessaram o oceano e fincaram raízes na região