Cinco professores da Universidade Feevale estão envolvidos em um projeto de tecnologia aprovado pela Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Estado do Rio Grande do Sul, por meio do edital Techfuturo 03/2022. Em parceria com o Grupo Hospitalar Conceição (GHC) e a empresa SKA Automação de Engenharia, os docentes Juliano Varella de Carvalho, João Mossmann, Cristiano Max Pereira Pinheiro, Marta Rosecler Bez e Vandersilvio da Silva ajudarão a criar um jogo voltado a crianças com problemas respiratórios.
O game “Play Blow na Fisioterapia: um jogo virtual para auxiliar crianças em exercícios ventilatórios” começará a ser desenvolvido neste semestre, a partir de uma necessidade constatada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Criança Conceição, de Porto Alegre, onde os pacientes pediátricos possuem resistência aos exercícios ventilatórios propostos durante o tratamento fisioterapêutico hospitalar. O objetivo é utilizar o jogo virtual, com animações lúdicas, para auxiliar as crianças a realizarem atividades de respiração, visando a melhora da capacidade pulmonar e de educação ventilatória. Isso as ajudará a cantar, nadar e tocar instrumentos de sopro, entre outras tarefas.
Conforme o professor do curso de Ciência da Computação da Feevale, Juliano Varella de Carvalho, coordenador do projeto, o jogo terá um cenário lúdico, constituído por estratégias de gamificação que contribuem, pedagogicamente, para favorecer a aprendizagem de pessoas por meio de situações reais. “Esse projeto, construído a diversas mãos, se caracteriza por aplicar Ciência e Tecnologia para solução de problemas reais e urgentes. Nele, teremos uma equipe de excelente formação e diversas áreas necessárias à construção do game, bem como conhecedores do domínio onde o jogo será aplicado”, destaca. “Estamos ansiosas pelo início do projeto pois, certamente, ao final dele, teremos orgulho do que será construído, visto que impactaremos positivamente a vida de crianças que necessitam fazer exercícios ventilatórios”, complementa.
Ainda segundo o docente, o game será direcionado a crianças de três a sete anos, idade em que já obedecem a comandos verbais. A ideia inicial é que o dispositivo seja instalado em celulares, onde o paciente assoprará através de uma interface, que será responsável por captar o padrão ventilatório. Dessa forma, os dados analógicos serão transformados em dados digitais, que, combinados com movimentos de inspiração ou expiração, implementarão as ações dentro de jogo.
Equipe interdisciplinar e bolsas de estudo
O Play Blow será desenvolvido por uma equipe interdisciplinar, que envolverá a participação de pesquisadores, profissionais e estudantes de áreas da saúde, games, computação e engenharia elétrica. Para a execução do projeto, serão destinadas cinco bolsas de estudos.