O projeto deseja incentivar mudanças de postura em relação à adoção. Inscrições seguem até 28 de setembro
As instituições sociais do Rio Grande do Sul terão prazo maior para se inscreverem no Programa de Apoio a Inclusão e Promoção Social “Famílias do Peito”. As inscrições estão prorrogadas até 28 de setembro. As instituições candidatas, que abrigam crianças destinadas à adoção são selecionadas pela Amencar – Associação de Apoio à Criança e ao Adolescente.
O projeto da Amencar foi um dos selecionados pela Rede Parceria Social (RPS) para compor a Carteira de Projetos Sociais da Rede, que conta com apoio da Secretária de Estado da Justiça e do Desenvolvimento Social e da Empresa Rio Grande Energia – RGE, que financia o projeto.
Como explica o presidente do Amencar, o Pastor da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) Orlando Stelter, o Famílias do Peito tem como objetivo fortalecer as iniciativas que provocam mudanças em relação à adoção, como o apadrinhamento afetivo e institucional e a qualificação dos abrigos.
A Amencar é uma instituição de âmbito nacional que trabalha há 27 anos na assessoria a organizações sociais e de programas de defesa dos direitos das crianças e adolescentes. Mais informações podem ser obtidas através do telefone: (51) 3588.2222 ou pelo site da Associação de Apoio à Criança e ao Adolescente – www.amencar.org.br.
Conheça alguns dados sobre a adoção no Rio Grande do Sul
Os dados abaixo são do Juizado da Infância e da Juventude do Estado, referentes até abril deste ano.
•Há 610 crianças aptas para adoção. Destas, 1% têm menos de um ano de idade, enquanto 90,6% dos 4099 pretendentes a adoção preferem crianças nesta faixa etária;
•47% dos aptos para adoção são meninas, e 88,6% dos candidatos à adoção tem preferência por este gênero;
• 44,7% das crianças aptas para adoção possuem alguma síndrome ou são HIV positivo ou têm alguma deficiência, mas somente 3,7% dos pretendentes a adoção concordariam em adotá-las;
•Das 610 crianças e adolescente, 48% têm a pele branca, mas 91,5% dos adotantes desejam seus futuros filhos com esta característica.
•56% estão na faixa entre 11 e 18 anos e apenas 0,3% dos pretendentes aceitam adotar adolescentes nessa faixa.
Dados objetivos do total das adoções registradas:
•61% das crianças adotadas tinham até 5 anos (20,4% menos de 1 ano);
•12,5% tinham entre 11 e 18 anos;
•51% eram meninas, 37% com a pele branca, 1,6% possuíam alguma deficiência ou eram HIV positivo;
•1.1% tinham alguma síndrome (orgânica, neurológica, infecto-contagiosa ou psiquiátrica).