A empresa Visia Construção Modular está construindo 500 casas provisórias que serão destinadas pelo Estado a famílias que perderam seus lares nas enchentes de maio. As moradias são transportáveis, servindo para proporcionar um recomeço às pessoas. Instalada em Ivoti, no Vale do Sinos, a empresa trabalha para agilizar ao máximo o processo para entregá-las.
Como na indústria automotiva, as casas são produzidas em uma linha de montagem, por etapas e de forma padronizada. No modelo de fabricação em série, os funcionários realizam tarefas específicas, distribuídos em diferentes estações de trabalho.
Assim, passo a passo, mas em ritmo acelerado, as peças tomam forma, até serem concluídas. Ao final, elas podem ser colocados em um caminhão e transportadas para o local onde serão instaladas.
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Tecnologia diferenciada
A empresa desenvolveu um protótipo e reproduzirá o mesmo modelo nas 500 casas; com estrutura modular, medindo 27 metros quadrados. São formadas por um dormitório, banheiro e sala com cozinha conjugada. As paredes espessas são feitas com estrutura metálica e elementos de conforto.
O mesmo modo de fabricação é empregado pela Visia na construção modular de presídios, escolas, creches e hospitais, no Rio Grande do Sul e em outros estados.
“A casa tem o que há de melhor em termos de tecnologia. A estrutura é feita de aço galvanizado e as paredes externas, de um concreto especial, com fibras de vidro importadas. As esquadrias são de alumínio e o piso vinílico”, explica o CEO da empresa, Alexandre Soares.
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Fácil instalação
Depois do transporte, para instalar a casa no terreno, será preciso apenas colocar sapatas (um tipo de fundação) e fazer as conexões da rede de água, esgoto e energia elétrica. As unidades serão entregues com mobiliário feito sob medida e eletrodomésticos. Elas terão chuveiro, luminárias, cama de casal, beliche, sofá-cama, mesa com cadeiras, fogão e geladeira.
A medida integra o Plano Estadual de Habitação de Interesse Social, como política permanente para atuação em casos de emergências, calamidades e desastres. Também faz parte do Plano Rio Grande, o programa do Estado de reconstrução, adaptação e resiliência climática.
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