Durante a operação, houveram avanços no sentido de identificação de específicos agiotas que atuam vinculados a grupos de cobrança.
Mais uma fase da Operação Extorsor foi desencadeada pela Polícia Civil, por meio da 1ª Delegacia de Polícia de Canoas. A operação tem o intuito de combater os crimes de extorsão e associação criminosa armada praticados nos últimos meses em bairros de Canoas, principalmente no Mathias Velho. Foram cumpridas 25 ordens judiciais nas cidades de Canoas, Porto Alegre e Novo Hamburgo. Na ação, seis pessoas foram presas temporariamente e uma outra foi detida por porte ilegal de arma de fogo. Também houve a apreensão de dois veículos de alto valor, Honda Civic e BMW X6, utilizados para prática das extorsões.
Nesta segunda fase, houve avanços da investigação no sentido de identificação de específicos agiotas que atuam vinculados a grupos de cobrança. As apurações produziram provas suficientes para a prisão de integrantes dos grupos dessa modalidade de cobrança violenta a partir da identificação de células criminosas que operam tais crimes na região.
São investigados, pela Polícia Civil, seis diferentes fatos criminosos, todos ocorridos nos últimos meses em Canoas. Os episódios apurados têm uma linearidade: os constrangimentos às vítimas, executados de forma violenta, com permanentes mensagens contendo graves ameaças, depredação de patrimônio, disparos de armas de fogo contra residência, entre outras ações, se baseiam em dívidas inexistentes ou já pagas. A origem, em regra, se dá pela contratação de empréstimo com agiotas, que, após receberem valor muito acima do já contratado, repassam a dívida, não mais existente, para integrantes dos identificados grupos de cobrança violenta, que passam a exigir dinheiro.
A investigação novamente identificou familiares e novos inquilinos de imóveis alvos dos criminosos, que se tornam reféns de verdadeira tortura psicológica. Houve o caso de duas vítimas que tentaram suicídio, sendo socorridas por familiares.
Segundo a Polícia Civil, os presos participarão de ato de reconhecimento pessoal na 1ª Delegacia de Polícia de Canoas, visando à conversão de suas prisões em preventivas.