A estudante do 9º ano Camila Traichel Hendges, de 14 anos, se destaca no cenário acadêmico com uma impressionante trajetória. Moradora de Sapiranga, ela conquistou recentemente uma credencial para a Science Expo Belgium, na Bélgica, após um quarto lugar na Fenecit, Recife, competindo de forma autônoma.
Seu projeto premiado, intitulado “Sistema Escolar de Gestão Estudantil Via RFID”, busca otimizar a rotina escolar, focando na chamada e na segurança por meio de crachás de identificação por radiofrequência e sensores instalados em pontos estratégicos, como salas de aula e áreas comuns.
Com quatro medalhas olímpicas e prêmios em diversas feiras, como a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Fembrace) de São Paulo, em 2024, e o Mostra de Ciência e Tecnologia do Instituto Açai (MCTIA) de Belém, realizado em 2022, Camila também acumula vitórias em olimpíadas, como a Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) e a Liga de Matemática (LigMAT), ambas em 2024. Além disso, atua como embaixadora da Prep Olimpíadas e organiza projetos para incentivar meninas na tecnologia.
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Camila comentou sobre sua trajetória nas feiras de ciências, que começou no terceiro ano do ensino fundamental. “Hoje eu já participei de mais de cinco feiras, na última, tendo recebido a credencial para a Belgian Science Expo 2025. Minha caminhada nas feiras de ciências vem desde o meu terceiro ano, mas foi a partir de 2023 que comecei a ter maiores resultados. Atualmente, o projeto a qual eu represento tem onze premiações”, disse.
Também destacou o papel fundamental de sua família no seu sucesso. “Não sei como teria feito para chegar aqui sem a minha família, eles foram minha inspiração e porto seguro a todo momento, naqueles em que pensei em desistir eles me mostraram o caminho, então devo muito a eles pelo sucesso do projeto”, finalizou.
O pai de Camila, gerente de TI Tiago Traichel Hendges, de 42 anos, expressou o orgulho que sente pela filha. “Esse trabalho que resultou nas premiações fala muito sobre quem ela é. Ela aprendeu sozinha a desenvolver projetos com Arduino (Robótica), assistindo a aulas e vídeos pela internet. Além disso, pediu um curso de programação, que providenciamos para que ela pudesse desenvolver o sistema por conta própria. Ela também assumiu a liderança junto aos colegas, coordenando o trabalho e decidindo como deveriam seguir em frente”, completou.
Hendges finalizou contando sobre os desafios. “Hoje em dia, o nosso maior desafio é ajudá-la a decidir em quais competições ou atividades participar, ou não, para que ela não se sobrecarregue. Ela tem muita sede de aprender e competir, mas também precisa equilibrar suas atividades”, diz o pai, orgulhoso.
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