Assim como outras cidades da região, Novo Hamburgo foi gravemente afetado pela enchente que atingiu o Rio Grande do Sul nos primeiros dias de maio. Mais de 32 mil pessoas tiveram suas casas inundadas, principalmente nos bairros Santo Afonso e Canudos.
A Administração Municipal já se alinha para a reconstrução desses locais. Segundo a prefeita Fátima Daudt, a prefeitura solicitou ao governo federal um total de R$ 8,5 milhões para medidas emergenciais visando aliviar as águas represadas no bairro Santo Afonso.
Essas medidas incluem a aquisição de bombas flutuantes, geradores, combustíveis e tubos PEAD para transpor a água sobre o dique até o rio. Além disso, há um pedido adicional de R$ 9 milhões para obras cruciais na Casa de Bombas, que foi inundada durante a enchente.
A preocupação vai além das medidas emergenciais. A prefeita destaca a necessidade de investimentos para obras definitivas em todo o sistema de proteção contra as cheias do Rio dos Sinos, que precisam ser adaptadas diante das mudanças climáticas e da nova realidade criada pelas enchentes.
Vale ressaltar que tanto o dique quanto a casa de bombas são estruturas construídas pelo governo federal na década de 1970 e deixadas para a manutenção das prefeituras já no final da década de 1980. O transbordamento do Rio dos Sinos sobre o dique durante a enchente recente represou as águas no bairro Santo Afonso e em São Leopoldo.
Segundo a prefeitura, Fátima tem buscado apoio de ministros federais como Jader Filho (das Cidades), Renan Filho (Transportes) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) para atender às demandas de Novo Hamburgo no combate às enchentes e na reconstrução de escolas, postos de saúde e moradias destruídas pelo desastre natural.